Uma das enfermidades de maior impacto econômico na suinocultura industrial é a Ileíte, ou Enteropatia Proliferativa Suína, causada pela bactéria Lawsonia intracellularis. Além de perdas de produtividade, afeta diretamente o bem-estar animal e causa prejuízos no abate. A doença é de alta prevalência nos plantéis (de até 96% no Brasil) e de difícil controle, por isso, a mitigação de fatores de risco são fundamentais para a sanidade e rentabilidade da produção.
A médica-veterinária Jéssica Borges, coordenadora de território da unidade de negócio de Suinocultura da MSD Saúde Animal, afirma que o ponto de partida para o controle da doença é a implementação de procedimentos de biosseguridade interna e externa, por vezes negligenciados dentro dos sistemas de produção de suínos. “Medidas como aclimatação adequada dos animais de reposição, protocolo ajustado de higiene, limpeza e desinfecção, adoção do sistema all in/ all out e rigoroso programa de controle de roedores são imprescindíveis para evitar diversas enfermidades, inclusive a Ileíte”, diz.
O maior desafio para os produtores está associado à dinâmica do agente causador da doença, uma vez que tem uma alta quantidade de bactérias excretada nas fezes dos suínos, potencializando a transmissão. Outro ponto de atenção é que apenas uma pequena quantidade de bactérias já é suficiente para infectar outros animais. Assim, como complemento da ação preventiva em toda produção de suínos, a vacinação tem sido a principal ferramenta utilizada. Jéssica pontua que, em avaliações experimentais e a campo, a vacina inativada demonstrou comprovadamente alta eficiência, com ausência de casos clínicos e redução da excreção da bactéria no ambiente. “Como consequência, houve diferença significativa dos principais parâmetros de produção, como ganho de peso diário e conversão alimentar.”
Controle estratégico
Para a conquista de granjas cada vez mais saudáveis e com foco em segurança alimentar, é fundamental a evolução de práticas e soluções. O investimento em pesquisas permite o avanço da ciência e auxilia o controle estratégico nas propriedades, impulsionando o potencial produtivo, e a MSD Saúde Animal entende e aplica isso. A primeira vacina injetável do mundo contra a Lawsonia intracellularis foi lançada pela companhia há quatro anos e já soma mais de 45 milhões de aplicações em suínos no Brasil. A Porcilis® Ileitis controla a manifestação clínica e subclínica da doença, além de ser a única vacina injetável intramuscular com aplicação em uma única dose, trazendo segurança na aplicação, além de conveniência e eficácia.
Em uma avaliação realizada pela empresa em uma granja localizada no município de Pará de Minas (MG), com um plantel de 1.000 matrizes, os suínos na fase de crescimento e terminação vacinados com Porcilis® Ileitis tiveram melhores desempenhos zootécnicos, como o GPD (ganho de peso diário), que foi 2,6% superior, e conversão alimentar, com um aumento de 3,4%, levando a um peso médio de abate de 106,55 quilos. Esses índices renderam, em média, 2,35 quilos a mais por animal abatido, quando comparado aos animais do grupo não vacinados. Os bons números também impactaram no rendimento financeiro da granja, que teve um ganho de mais de R$330 mil a partir da melhora na conversão alimentar e do aumento do peso de abate, já descontado o investimento na vacina.
Segundo Rudy Claure, diretor da unidade de negócio de Suinocultura da MSD Saúde Animal, a medicina preventiva é o caminho para produções mais rentáveis e sustentáveis, e o “olhar da companhia está justamente em oferecer soluções cada vez mais assertivas para animais mais saudáveis”. Nesse cenário, a Porcilis® Ileitis se apresenta como um complemento essencial no manejo para viabilizar o uso racional de antibióticos e contribuir para uma produção de carne suína cada vez mais em conformidade com as exigências dos consumidores. “É uma ferramenta eficaz e economicamente viável na prevenção e no controle da Ileíte. A sanidade é decisiva para os retornos zootécnicos e econômicos da produção animal”, reforça Rudy.
Fonte: portaldoagronegocio