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Produção de caqui no Paraná tem queda significativa, impactando o valor da cultura

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A produção de caqui no Paraná segue em declínio contínuo, afetando não apenas a área cultivada e o volume colhido, mas também o Valor Bruto da Produção (VBP). É o que revela o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com dados referentes ao período de 28 de março a 2 de abril.

Atualmente, o Paraná responde por apenas 3,9% da produção nacional da fruta. Em 2023, o estado registrou uma área plantada de 470 hectares, com colheita estimada em 6,2 mil toneladas e VBP de R$ 18,2 milhões. No entanto, os números mostram uma tendência de retração ao longo da última década: a área destinada à cultura do caqui caiu 56,2%, enquanto a produção recuou 54,5%. A principal causa apontada pelos técnicos do Deral é a elevada incidência de antracnose nos pomares.

Em 2015, o VBP deflacionado da cultura no estado era de R$ 42,9 milhões. O valor atual representa uma queda de 57,7% em relação àquele ano.

A produção estadual está concentrada principalmente em quatro Núcleos Regionais: Curitiba (29,1%), Ponta Grossa (21,3%), Cornélio Procópio (11,8%) e Apucarana (11,4%), que juntos respondem por 73,5% do total. Entre os municípios, Arapoti lidera a produção com 13,6%, seguido por Bocaiúva do Sul e Porto Amazonas.

As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) comercializaram, até novembro de 2023, um total de 8,4 mil toneladas de caqui, com movimentação financeira de R$ 46,7 milhões. O produto teve como principais origens o Rio Grande do Sul (66%) e o próprio Paraná (25,2%), sendo vendido a um preço médio de R$ 5,52 por quilo. Também foram vendidas 12,2 toneladas de caqui importado, principalmente da Espanha, com preço médio de R$ 23,60/kg.

No comparativo entre fevereiro e março de 2025, os preços pagos ao produtor paranaense subiram de R$ 127,50 para R$ 148,11 por caixa de 20 kg, o que representa uma alta de 16,2%. Em relação ao mesmo período de 2024, o aumento foi de 51,1%. Apesar da valorização na produção, os preços no varejo apresentaram retração: em março de 2025, o preço médio ao consumidor foi de R$ 13,83/kg, uma queda de 21% em relação ao mês anterior.

No cenário nacional, o caqui ocupa a 19ª posição entre as frutas mais produzidas, com volume de 165,3 mil toneladas e VBP de R$ 517,1 milhões em 2023, segundo dados do IBGE. A área plantada total no país é de 7,7 mil hectares, concentrada principalmente em São Paulo (47,2%), Rio Grande do Sul (28%) e Minas Gerais (11,2%).

As exportações brasileiras da fruta somaram 460 toneladas em 2024, com receita de US$ 995 mil. Países Baixos, Canadá e Estados Unidos foram os principais destinos, absorvendo 48,4% do volume e gerando 65,4% da receita total. A Espanha liderou as importações, com aquisição de 572 toneladas.

Por fim, o Deral alerta que a combinação de chuvas irregulares com temperaturas elevadas deve antecipar o ciclo da safra deste ano, o que pode resultar em mais uma redução nos volumes colhidos no estado.

Fonte: portaldoagronegocio

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