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Agronegócio

Mercado de trigo: panorama e desafios na comercialização

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A TF Agroeconômica apontou que o mercado de trigo no Rio Grande do Sul mantém-se estável, com as compras para fevereiro já finalizadas. O estado alcançou um recorde histórico, comercializando 75% da safra. Com uma moagem total prevista de 1,9 milhão de toneladas, será necessária a importação de 500 mil toneladas. Até o momento, foram adquiridas 550 mil toneladas de trigo local e 180 mil toneladas importadas, restando ainda 850 mil e 320 mil toneladas a serem negociadas, respectivamente. No porto, o preço do trigo Milling para fevereiro chegou a R$ 1.340,00 por tonelada.

Em Santa Catarina, o ritmo do mercado segue lento devido à fraca demanda por farinha, dificultando reajustes de preços. Moinhos relatam que os custos de produção não se sustentam frente aos valores de venda. O trigo gaúcho é ofertado a R$ 1.300,00 FOB, enquanto no leste catarinense, o preço atinge R$ 1.600,00 por tonelada, incluindo frete e ICMS. O farelo de trigo teve queda no preço, chegando a R$ 1.100,00 ensacado, refletindo a baixa demanda. Algumas cooperativas optam por reter estoques na expectativa de valorização futura. Os preços pagos aos produtores mantiveram-se estáveis em diversas regiões do estado, exceto em Rio do Sul, onde subiram para R$ 80,00 a saca.

No Paraná, a oferta reduzida tem levado os moinhos a reavaliar suas compras. Há um mês, o estado contava com 200 mil toneladas disponíveis, mas esse volume caiu para apenas 40 mil toneladas, impulsionando os preços para R$ 1.550,00/t FOB. O trigo branqueador tem ofertas limitadas, todas acima de R$ 1.700,00/t. O comprador está disposto a pagar R$ 1.500,00 posto no Centro-Sul, com entrega prevista para março e pagamento em abril. Com a colheita de milho e soja em andamento, a atenção ao trigo tem diminuído. O frete segue em alta, e o trigo importado chega ao Oeste do estado e ao porto de Paranaguá com preços entre US$ 265 e US$ 270. A média estadual de preços subiu 0,49%, atingindo R$ 73,24 a saca, enquanto o custo de produção recuou para R$ 68,68, elevando o lucro médio dos produtores de 6,10% para 6,64%.

Fonte: portaldoagronegocio

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