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Indígenas venezuelanos em abrigo recebem palestra sobre combate ao Aedes aegypti

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Servidores da Vigilância em Zoonoses realizaram, na manhã desta terça-feira (16), uma ação educativa e orientativa na unidade de acolhimento Albergue Municipal Manoel Miraglia sobre cuidados com a saúde e prevenção de doenças, com oficinas, palestras e recolhimento de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Os animais que moram no abrigo e convivem com as famílias albergadas no local também serão vacinados.

Conforme a assistente social do abrigo, Bianca Fernandes Verasco, a ação foi proposta durante uma reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), representantes do curso de nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Escola de Saúde Coletiva e as equipes da Assistência Social do abrigo, com o objetivo de elaborar ações de promoção de saúde para as famílias abrigadas.

“Atualmente, temos 106 indígenas abrigados no albergue, entre adultos e crianças, todos da etnia Warao, que migraram da Venezuela. Essa comunicação é importante, visto que eles possuem outra cultura. Essa educação em saúde tem o objetivo de contribuir para que eles tenham acesso a informações relevantes do nosso dia a dia e possam fazer parte dessa prevenção”, frisa a assistente social.

Na unidade, também havia diversos animais que foram imunizados pela vacina antirrábica, ministrada pela equipe da vigilância. Amostras de sangue desses animais também foram coletadas para exames. “Trabalhamos com as famílias a prevenção ao mosquito Aedes aegypti, falando sobre a doença desde o ciclo de vida do mosquito. Para a ilustração da palestra, usamos materiais recicláveis e ainda fizemos a coleta dos possíveis criadouros dentro da unidade, com a participação dos indígenas abrigados no local”, explica o agente de endemias, Hélio Simião de Almeida.

O secretário municipal de Saúde, Deiver Teixeira, explica que medidas como essas estão sendo adotadas para intensificar as ações de combate ao mosquito. “Estamos retomando o Projeto 10 Minutos contra o Aedes, seguindo um mapa dos locais onde exista a necessidade. Essas famílias que moram em abrigo convivem com a vulnerabilidade, e é bom que elas tenham esse conhecimento sobre os riscos de não combater os criadouros do mosquito, transmissor de quatro doenças. Nosso objetivo é mostrar a eles o que podem fazer para eliminar os criadouros”, afirma o gestor da pasta.

Na unidade, os indígenas fabricam joias em artesanato, um trabalho minucioso que leva tempo e investimento. Atualmente, são 106 indígenas abrigados na unidade de acolhimento Albergue Municipal Manoel Miraglia.

Fonte: odocumento

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