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O preço do café moído atinge novo recorde em maio: entenda os motivos por trás desse aumento

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Alta histórica no preço do café moído nas gôndolas

O preço do café moído voltou a subir em maio nos supermercados, renovando um recorde desde o início do Plano Real, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A variação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 82,24%, superando o recorde anterior de 80,2% registrado até abril.

Aumento expressivo em maio e no acumulado do ano

Só em maio, o preço do café moído avançou 4,59%, acelerando em relação aos 4,48% de abril. No acumulado deste ano, a alta já chega a 42,1%.

Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE, as sucessivas altas nos preços do café estão ligadas a fatores climáticos, tanto no Brasil quanto em outras regiões produtoras do mundo, o que limita alternativas e reflete diretamente nos valores finais ao consumidor.

Queda no preço pago aos produtores ainda não reflete no varejo

Apesar da alta nos preços ao consumidor, há sinais de redução dos valores pagos aos produtores com o início da safra brasileira. Porém, esse ajuste ainda não chegou às prateleiras dos supermercados.

“O consumidor está tendo que tomar um café mais fraco para economizar o pó”, ressaltou Gonçalves, ilustrando o impacto no consumo diante do preço elevado.

Perspectivas da indústria e influência na inflação geral

No início de junho, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) afirmou que, caso a tendência de queda nos preços pagos aos produtores continuasse, isso poderia refletir em baixa nos valores ao consumidor em breve.

Apesar da alta do café, o avanço dos preços dos alimentos em geral mostrou sinais de desaceleração em maio, aliviando a pressão sobre a inflação no Brasil causada por questões climáticas.

Inflação desacelera em maio, puxada pela alimentação e bebidas

O IPCA registrou alta de 0,26% em maio, abaixo dos 0,43% observados em abril, acumulando uma alta de 5,32% em 12 meses — ligeiramente inferior aos 5,53% anteriores. Ambas as variações ficaram abaixo das expectativas do mercado.

A meta oficial para a inflação é de 3,0% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

No grupo de Alimentação e bebidas, a alta desacelerou para 0,17% em maio, o menor avanço mensal desde agosto de 2024, quando foi registrada variação de 0,11%.

Fonte: portaldoagronegocio

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