Mercado internacional do açúcar acompanha alta do petróleo
O mercado futuro do açúcar iniciou esta terça-feira (29) com estabilidade em Nova York, após fechar em alta no pregão anterior, influenciado pela valorização do petróleo tipo WTI. O contrato com vencimento em outubro de 2025 era cotado a 16,44 centavos de dólar por libra-peso, com leve alta de 0,06%. Já o contrato de março de 2026 seguia estável em 17,05 centavos de dólar.
Em Londres, o açúcar branco registrou leve recuo no contrato de outubro/25, negociado a US$ 473,00 por tonelada, queda de 0,38%.
A elevação de mais de 2% no petróleo, que alcançou o maior nível em uma semana, contribuiu para o fortalecimento das cotações do açúcar. Isso porque, com o petróleo mais caro, a produção de etanol se torna mais atrativa para as usinas, reduzindo a oferta global de açúcar e sustentando os preços internacionais.
Alta do petróleo impulsiona commodities e reforça competitividade do etanol
A valorização do petróleo também refletiu em outros mercados, influenciados por possíveis restrições na oferta global do combustível e por declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível trégua entre Rússia e Ucrânia. O avanço foi ainda favorecido pelo novo recorde do índice S&P 500 e pelo anúncio de um acordo comercial entre a União Europeia e os EUA.
Na ICE Futures, em Nova York, os contratos de açúcar bruto fecharam majoritariamente em alta. O contrato de outubro/25 subiu 15 pontos, cotado a 16,29 centavos de dólar por libra-peso. A única exceção foi o contrato de julho/27, que caiu 2 pontos, encerrando o dia a 16,70 centavos.
Em Londres, os contratos de açúcar branco também apresentaram valorização. O vencimento de outubro/25 subiu US$ 4,70, para US$ 475,80 por tonelada, enquanto o de dezembro/25 avançou US$ 3,50, sendo negociado a US$ 466,40 por tonelada.
Açúcar cristal mantém preços firmes no mercado interno
No mercado brasileiro, os preços do açúcar cristal permaneceram firmes na última semana. Segundo o Cepea, entre os dias 21 e 25 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar cristal branco (Icumsa 130 a 180), em São Paulo, registrou média de R$ 120,31 por saca de 50 kg, alta de 1,29% frente à semana anterior.
A oferta continua limitada, especialmente para o açúcar de melhor qualidade, o que tem sustentado os preços, mesmo com a demanda varejista enfraquecida. Apesar disso, a liquidez apresentou leve melhora. Já nesta terça-feira (29), o indicador apontou um recuo de 0,12%, com a saca cotada a R$ 120,94.
Etanol hidratado reage com aumento da demanda
Após semanas de recuo, os preços do etanol hidratado voltaram a subir no mercado spot paulista. Entre os dias 21 e 25 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado fechou em R$ 2,5448 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), com alta de 0,83%.
O aumento da demanda está relacionado principalmente à proximidade da volta às aulas, que intensifica a circulação de veículos, e à maior procura por parte das distribuidoras, em antecipação à nova mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina (E30), que passa de 27% para 30% a partir de 1º de agosto.
O etanol anidro, por sua vez, registrou leve recuo de 0,12%, sendo cotado a R$ 2,9168 por litro, também livre de impostos.
Já o Indicador Diário Paulínia apontou alta de 1,18% no etanol hidratado, com o metro cúbico negociado a R$ 2.699,50 pelas usinas.
Fonte: portaldoagronegocio