Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados nesta quarta-feira (06), mostram que as exportações brasileiras de café, tanto não torrado quanto torrado, registraram queda em volume durante o mês de julho de 2025. No entanto, os preços mais altos no mercado internacional impulsionaram o faturamento, que apresentou avanço significativo na comparação anual.
Queda no volume diário de exportações de café não torrado
Em julho de 2025, a média diária de embarques de café não torrado caiu 20,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Foram exportadas, em média, 7,001 toneladas por dia, contra 8,794 toneladas diárias em julho de 2024.
O volume total exportado no mês também recuou, fechando em 161,038 mil toneladas, frente às 202,266 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano anterior.
Faturamento com café não torrado avança apesar da queda no volume
Mesmo com a retração nos embarques, o faturamento com as exportações de café não torrado cresceu. Em julho de 2025, o total arrecadado somou US$ 1,043 bilhão, ante os US$ 832,080 milhões registrados em julho de 2024.
A média diária de receitas também apresentou aumento: passou de US$ 36,177 milhões em 2024 para US$ 45,365 milhões em 2025, o que representa uma alta de 25,4%.
Valorização do preço médio impulsiona ganhos
O preço médio do café não torrado para exportação registrou expressiva valorização. Em julho de 2025, a média foi de US$ 6.479,20 por tonelada, alta de 57,5% em relação aos US$ 4.113,80 praticados em julho de 2024.
Exportações de café torrado e derivados também registram queda em volume
As exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados também apresentaram retração em volume. O total embarcado em julho de 2025 foi de 7,670 toneladas, contra 8,493 toneladas no mesmo período do ano anterior.
A média diária ficou em 333 toneladas, queda de 9,7% em relação às 369 toneladas diárias registradas em julho de 2024.
Faturamento e preço médio sobem nos derivados de café
Apesar da queda no volume, o faturamento com exportações de café torrado e seus derivados subiu. A receita total no mês de julho de 2025 foi de US$ 102,069 milhões, frente a US$ 82,086 milhões em julho de 2024.
A média diária de faturamento também cresceu 24,3%, atingindo US$ 4,437 milhões em julho de 2025, ante os US$ 3,569 milhões registrados no mesmo mês do ano anterior.
O preço médio de exportação desses produtos teve aumento de 37,7%, passando de US$ 9.664,80 em julho de 2024 para US$ 13.306,40 em julho de 2025.
Fonte: portaldoagronegocio