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Agronegócio

Desafios do Mercado de Trigo no Sul do Brasil: Tendências e Perspectivas

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A comercialização de trigo segue travada no Sul do Brasil, impactada pela dificuldade na venda de farinha e pela prioridade dos produtores à colheita da soja. De acordo com a TF Agroeconômica, a baixa disponibilidade de caminhões e os estoques elevados nos moinhos têm dificultado novas negociações, especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

No Rio Grande do Sul, o trigo pão comum mantém o preço de R$ 1.400 por tonelada (FOB), mas a demanda segue fraca. A prioridade no transporte de soja reduziu a disponibilidade de caminhões para o trigo, afetando as vendas dos moinhos, que aguardam uma possível recuperação após a ExpoDireto. O plantio da nova safra ainda não é prioridade para os produtores, que seguem focados na colheita da soja, cujos resultados têm sido heterogêneos. Enquanto isso, o preço da saca de trigo no mercado de Panambi registrou alta, alcançando R$ 71,00.

Em Santa Catarina, os moinhos enfrentam estoques elevados tanto de trigo quanto de farinha, o que limita novas aquisições de grãos. O trigo continua cotado a R$ 1.400 por tonelada (FOB), com ofertas do Rio Grande do Sul variando entre R$ 1.290 e R$ 1.300 por tonelada (FOB). Já os preços ao produtor tiveram alta em algumas regiões, atingindo R$ 74,00 por saca em Canoinhas e São Miguel do Oeste, enquanto permaneceram estáveis em Chapecó (R$ 69,00) e Rio do Sul (R$ 80,00).

No Paraná, o mercado segue praticamente inativo, com os produtores focados na soja. As ofertas são escassas, variando entre R$ 1.550 e R$ 1.600 por tonelada (FOB), enquanto os moinhos chegam a pagar até R$ 1.630 por tonelada. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada deve sofrer uma leve redução de 1%, mas a produção pode crescer 37,8%. Para a próxima safra, há indicações de preços entre R$ 1.450 e R$ 1.500 por tonelada, embora a área cultivada possa registrar queda de 20% a 25%. O preço da saca no Paraná teve alta semanal de 0,58%, atingindo R$ 76,47, enquanto os custos de produção recuaram levemente para R$ 68,68. O lucro médio do triticultor no estado também apresentou avanço, passando de 10,70% para 11,34%.

Fonte: portaldoagronegocio

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