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Carne bovina brasileira conquista espaço estratégico no mercado dos EUA: estratégias alinhadas impulsionam sucesso

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O Brasil figura entre os maiores exportadores globais de carne bovina, com presença consolidada em mercados como China, Egito, Emirados Árabes, Chile e Estados Unidos. Segundo Magno Maia, CEO da Ramax Group, a abertura e manutenção do mercado americano representam uma oportunidade estratégica para firmar o país como fornecedor chave na cadeia global de proteína animal.

Dados de exportação em 2024

Em 2024, o Brasil exportou 2,89 milhões de toneladas de carne bovina, movimentando US$ 12,8 bilhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Os Estados Unidos adquiriram 229 mil toneladas, somando US$ 1,35 bilhão, principalmente cortes dianteiros destinados à indústria de processados.

Perfil do mercado americano para a carne brasileira

Apesar da abertura parcial em 2020 para carne bovina in natura do Brasil, a maior parte dos cortes exportados para os EUA atua como commodity, abastecendo indústrias de hambúrgueres, pratos congelados e embutidos. A carne brasileira ainda não está presente diretamente nas gôndolas ou em restaurantes gourmet americanos.

Características da carne brasileira e percepção do mercado

O gado criado majoritariamente a pasto no Brasil apresenta carcaças e marmoreio diferentes do gado confinado nos EUA. Ainda assim, sua carne é valorizada por ser livre de hormônios, com baixo teor de gordura, alto rendimento e excelente custo-benefício, ideal para uso industrial. Esse modelo é estratégico para o mercado americano, que substitui parte da produção interna mais cara pela carne brasileira, reservando cortes premium para exportação a países como Japão, Coreia do Sul e Europa.

Barreiras tarifárias e cenário político

O Brasil enfrenta limitações na cota de exportação sem tarifa, que representa menos de 1% da capacidade americana. O excedente está sujeito a tarifas de 26,4%, prejudicando a competitividade frente a países com acordos comerciais mais vantajosos, como Austrália, México e Uruguai. Apesar disso, a análise aponta que essas barreiras são conjunturais e que os EUA têm mais a perder ao restringir a carne brasileira, já que isso eleva os custos da indústria doméstica, podendo refletir em preços mais altos para o consumidor americano.

Expectativas para o futuro da relação comercial

Uma possível mudança na administração americana, especialmente com a volta de um governo alinhado ao agronegócio, como o de Donald Trump, pode facilitar renegociações de cotas e tarifas, abrindo espaço para fortalecer o comércio bilateral.

Oportunidades para o produtor brasileiro

O mercado americano, embora técnico e exigente, é promissor para cortes dianteiros bovinos — acém, paleta, peito e costela — que são subvalorizados no Brasil, mas têm alta demanda e valorização nos EUA. Para aproveitar essa oportunidade, o produtor deve focar em:

  • Rastreabilidade e conformidade sanitária rigorosa
  • Eficiência produtiva por meio de manejo, nutrição e genética
  • Parcerias estratégicas com indústrias exportadoras como a Ramax Group
  • Visão estratégica e cooperação entre os setores

O sucesso nas exportações para os EUA depende da ação coordenada entre produtores, indústria e governo. O Brasil tem potencial para ser principal fornecedor das indústrias alimentícias americanas, oferecendo proteína de qualidade e preços competitivos, substituindo produtos internos de maior custo.

Compromisso da Ramax Group com o mercado americano

A Ramax Group investe na ampliação da capacidade industrial e logística para atender à demanda crescente. A empresa convida os pecuaristas brasileiros a se juntarem nessa trajetória, ressaltando que o futuro da carne brasileira está além das fronteiras nacionais, e os EUA são um mercado promissor para essa expansão.

Fonte: portaldoagronegocio

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