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Brasil deve colher 128,2 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25
A produção brasileira de milho na temporada 2024/25 está estimada em 128,2 milhões de toneladas, de acordo com o boletim Agro em Dados de julho, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás. O volume representa o segundo maior da série histórica, mesmo com uma redução de 3,7% na área plantada em relação à safra recorde de 2022/23.
Produtividade nacional atinge patamar recorde
Apesar da retração na área cultivada, a produtividade média nacional deve alcançar o maior índice já registrado. Em Goiás, as lavouras devem apresentar o melhor rendimento dos últimos 12 anos, reflexo das condições favoráveis de campo. “A expectativa é de uma colheita robusta no estado”, destacou a secretaria.
Oscilações no mercado interno marcam o primeiro semestre
O mercado interno de milho registrou forte volatilidade nos primeiros seis meses de 2025.
- Janeiro: preço médio mensal de R$ 74,17 por saca
- Março: pico de R$ 89,12 por saca, impulsionado pela oferta restrita da safra de verão e demanda aquecida
- Junho: queda para R$ 68,15 por saca
O recuo representa desvalorização acumulada de 8,12% no semestre e queda de 23,5% em relação ao pico de março.
Alta oferta pressiona preços com avanço da safrinha
A queda nos preços está diretamente ligada ao avanço da colheita da segunda safra, que traz boas perspectivas de produtividade e amplia a oferta no mercado interno. Além disso, o boletim aponta que a queda nas cotações internacionais e a valorização do real frente ao dólar diminuíram a competitividade das exportações brasileiras, pressionando ainda mais os preços domésticos.
“Com a menor paridade de exportação, o mercado opera com baixa liquidez e preços em queda”, informa a publicação.
Diante desse cenário, os produtores têm adotado estratégias comerciais mais cautelosas.
Exportações caem 18,4% entre janeiro e maio
As exportações brasileiras de milho caíram 18,4% entre janeiro e maio de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o boletim, essa retração pode estar relacionada:
- À menor demanda de países importadores
- Às boas projeções para a safra dos Estados Unidos
E à intensificação da colheita da safrinha no Brasil, o que gerou maior prudência no mercado internacional.
Fonte: portaldoagronegocio