Muito conhecida pelos suinocultores, a pneumonia enzoótica, causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae, está presente em mais de 90% das granjas brasileiras, e é considerada uma doença crônica e endêmica, exigindo muita atenção do produtor, pois circula em animis de todas as categorias se manifestando, principalmente, nas fases de crescimento e terminação.
O animal, quando infectado, pode perder até 41 gramas no ganho de peso diário (GPD), o que pode gerar uma redução de 16% na taxa de crescimento, impactando na produtividade e rentabilidade da granja.
“Além da importante perda de ganho de peso diário, os animais acometidos pelo micoplasma apresentam tosse, que se agrava com a movimentação dos suínos na granja. Isso se dá principalmente ao final da fase de crescimento e terminação”, disse o médico-veterinário e Gerente técnico da Zoetis, Dalvan Veit.
A transmissão deste agente pode ocorrer de forma vertical — da porca para os leitões — e horizontal — de leitão para leitão, por meio de secreções nasais e aerossóis. Além disso, as ações do micoplasma facilitam a entrada de outros agentes oportunistas, que, juntos, potencializam as perdas de desempenho zootécnico e refletem em aumento dos custos com intervenções terapêuticas, desta forma causando grandes perdas econômicas nas granjas.
Segundo estudo de Haden et al., que mensurou a perda por animal na produção norte-americana, o Mycoplasma hyopneumoniae sozinho seria responsável pela perda de US$ 0,63/animal.
“Por isso, os produtores devem desenhar as melhores estratégias englobando manejos e protocolos vacinais robustos para melhor controlar este importante agente que faz parte do complexo das doenças respiratórias”, finaliza Dalvan.
Fonte: portaldoagronegocio