O mercado pecuário brasileiro mantém um cenário de preços firmes desde o início de junho, conforme apontam os levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Os reajustes, embora não intensos, são frequentes, reflexo direto de uma oferta relativamente baixa de animais para abate.
De acordo com os pesquisadores do Cepea, os frigoríficos têm ajustado os preços para conseguir preencher suas escalas de abate, uma vez que os pecuaristas adotam postura cautelosa, aguardando novas valorizações após o feriado. Com isso, as negociações seguem em ritmo moderado, mas sustentadas.
Outro fator que colabora com a firmeza das cotações é o início do escoamento de animais de confinamento, geralmente ofertados em lotes mais padronizados e com bom acabamento, o que permite que alcancem valores mais elevados no mercado.
Além da menor oferta, as exportações de carne bovina ajudam a dar sustentação aos preços. O ritmo de embarques acelerou em relação a maio. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, mostram que a média diária de exportações de carne bovina in natura nesta parcial de junho é de 11,7 mil toneladas, um aumento de 13% frente a maio e de quase 22% na comparação com junho do ano passado, quando a média foi de 9,6 mil toneladas diárias.
Esse desempenho expressivo nas vendas externas contribui para manter os preços firmes, tanto para os animais destinados ao abate quanto para a carne comercializada no atacado nacional, consolidando um momento de equilíbrio entre oferta e demanda no setor pecuário.
Fonte: cenariomt