Preços do trigo permanecem estáveis no mercado interno
Análise divulgada pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) referente à semana de 18 a 24 de abril aponta estabilidade nos preços médios do trigo de qualidade superior no Brasil. De acordo com o levantamento, no Rio Grande do Sul o preço do saco de trigo manteve-se em R$ 75,00, enquanto no Paraná o valor foi de R$ 80,00.
A Ceema destaca que a semana, encurtada pelos feriados, resultou em uma desaceleração do ritmo de negociações. Segundo a análise, os compradores indicaram estar com seus estoques devidamente abastecidos, enquanto os vendedores buscaram realizar caixa com os produtos remanescentes da safra de verão. Em nota, a entidade ressalta que “os vendedores que ainda detêm lotes estão à espera de novas valorizações do produto nas próximas semanas e/ou meses”.
Preços no mercado FOB apresentam recuo
Enquanto o mercado interno manteve estabilidade, o mercado FOB registrou queda nos preços ao longo da semana. No Rio Grande do Sul, os preços para a próxima safra recuaram R$ 20,00 por tonelada. Negociações para entrega e pagamento em dezembro foram realizadas a R$ 1.360,00 por tonelada, sobre rodas no porto, frente aos R$ 1.380,00 da semana anterior.
No mercado local gaúcho, os valores permanecem em R$ 1.500,00 FOB para o trigo padrão, enquanto o trigo branqueador é cotado a R$ 1.600,00 FOB. No entanto, a demanda segue baixa, uma vez que os moinhos já possuem estoques suficientes.
Mercado de importados e cenário nos estados
O trigo importado está sendo cotado entre US$ 285,00 e US$ 290,00 por tonelada FOB Rio Grande. Curiosamente, moinhos que haviam adquirido o produto anteriormente por US$ 259,00 agora o ofertam a US$ 285,00 por tonelada.
Em Santa Catarina, o mercado da nova safra permanece praticamente paralisado, sem grandes movimentações de compra ou venda. Apenas negócios pontuais da safra atual foram registrados, com preços variando entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00 por tonelada FOB, dependendo da qualidade dos lotes.
No Paraná, o ritmo também é de baixa atividade. Os compradores já se encontram abastecidos, enquanto os vendedores resistem a reduzir seus preços.
Fonte: portaldoagronegocio
