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Mercado de Feijão: Oferta restrita e demanda seletiva mantêm ritmo lento pós-Carnaval

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Foto:
Everson de Souza

A comercialização de feijão carioca registrou baixa liquidez na última semana, reflexo do feriado de Carnaval e da postura seletiva dos compradores, que deram preferência a lotes de maior qualidade. Segundo Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, a oferta de feijão extra permaneceu limitada, o que sustentou a valorização dos preços, especialmente para grãos classificados como nota 9 e 9,5.

Os feijões produzidos no Paraná foram negociados entre R$ 280 e R$ 285 por saca de 60 kg (CIF São Paulo), enquanto os de Goiás alcançaram valores entre R$ 290 e R$ 295 por saca. Nos padrões intermediários (notas 8 e 8,5), os preços tiveram um acréscimo de R$ 15 por saca, em razão da oferta reduzida. Já os feijões de qualidade inferior (nota 7,5) foram comercializados a R$ 190 por saca, com demanda mais fraca. A produção de Minas Gerais, Paraná e São Paulo não foi suficiente para provocar mudanças significativas nos valores praticados.

“Ao final da semana, o mercado permaneceu estável, com pouca movimentação e preços elevados em comparação ao início do ano. A expectativa é de aumento na oferta na próxima semana, enquanto os compradores analisam a demanda antes de ampliar as aquisições”, destacou Oliveira.

Feijão Preto Mantém Estabilidade e Expectativa de Valorização

No segmento do feijão preto, o mercado apresentou estabilidade ao longo da semana, sem alteração nos preços e com poucas transações. O feijão maquinado de 30 kg foi comercializado entre R$ 230 e R$ 240 por saca (CIF São Paulo), enquanto as negociações a granel tiveram um teto de R$ 210 por saca, demonstrando resistência dos compradores em pagar valores mais elevados.

“A oferta seguiu restrita, com produtores afastados do mercado, aguardando melhores oportunidades, o que sugere uma expectativa de valorização antes da próxima safra”, explicou Oliveira. Segundo o consultor, a liquidez permaneceu baixa, com compradores sem urgência e vendedores aguardando condições mais favoráveis. O volume de amostras comercializadas foi reduzido, sem ajustes nos preços.

Apesar do viés de alta, a recuperação do mercado dependerá da evolução da demanda, que ainda se apresenta fraca. “Espera-se uma maior movimentação na próxima semana, conforme os compradores reavaliam suas necessidades”, analisou Oliveira.

No varejo, algumas marcas comercializaram feijão preto a valores inferiores a R$ 5,00 por quilo, reflexo das dificuldades em sustentar os preços diante do comportamento do mercado. Com exportações abaixo dos volumes registrados no ano anterior, o setor segue sem força para impulsionar uma reação significativa. “A demanda interna será determinante para os preços e para a liquidez no curto prazo”, concluiu o especialista.

Fonte: portaldoagronegocio

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