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Agronegócio

Mercado de Feijão: Tendências de Negócios com Preços Estáveis e Cuidados com o Clima

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O mercado de feijão carioca apresentou um comportamento hesitante ao longo da última semana, refletindo uma combinação de baixa demanda e oferta limitada. De acordo com o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, apesar da presença constante de compradores, o volume de negócios ficou aquém das expectativas, com transações concentradas principalmente em feijões de qualidade comercial.

Oliveira observou que as negociações se focaram em feijões de padrão 8, como as cultivares Sabiá, negociadas a R$ 210 por saca, e Dama, a R$ 230 por saca. “Feijões de qualidade superior, como os de padrão 9,5, chegaram a atingir valores de até R$ 290 a saca na segunda-feira, porém, não foram fechados negócios nesse patamar”, comentou.

A cautela dos também foi evidente, com a oferta de volumes menores e embarques gradativos para evitar quedas abruptas nos preços. “Os vendedores adotaram uma postura de espera, recusando ofertas na faixa de R$ 250 por saca, em grande parte devido ao aumento dos custos de produção”, explicou Oliveira. Algumas vendas isoladas a R$ 260 por saca foram registradas, mas somente em condições favoráveis.

Além disso, fatores climáticos, como estiagem e queimadas, estão impactando o ritmo do plantio da primeira safra 2024/25, aumentando a incerteza sobre a oferta futura. “A safrinha no Norte de Minas já está quase concluída, com poucas áreas restantes para serem colhidas”, afirmou o analista. Ele também destacou que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste devem concluir a colheita até o próximo mês.

Feijão Preto

O mercado de feijão preto, por sua vez, manteve-se estável com uma leve tendência de alta, devido à baixa oferta e à valorização do grão importado. Os preços do feijão nacional de qualidade comercial variaram entre R$ 400 e R$ 410 por saca, enquanto o feijão importado da Argentina foi ofertado a R$ 430 por saca. Feijões de menor qualidade foram negociados entre R$ 380 e R$ 390 por saca, embora com para concretizar negócios a esses valores.

De acordo com Oliveira, a estiagem prolongada no Sul do Brasil interrompeu o plantio da safra 2024/25, e os produtores aguardam chuvas para retomar as atividades. “A baixa oferta interna e as importações limitadas mantêm os preços elevados, apesar do enfraquecimento do consumo”, explicou o analista.

No varejo, o preço do feijão preto varia entre R$ 6,50 e R$ 10,00 por quilo. Oliveira destacou que a alta dos preços pode levar os consumidores a optar por outros produtos, como lentilhas, especialmente no final do . Projeções indicam que o preço do feijão preto pode alcançar R$ 12,00 por quilo, potencialmente acelerando essa migração.

Fonte: portaldoagronegocio

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