A China planeja implementar medidas para ajudar produtores de laticínios e carne bovina a limitar a produção para evitar que os preços caiam ainda mais, informou uma autoridade agrícola na quarta-feira (24), ampliando as regras que já vêm sendo aplicadas para produtores de carne suína à medida que o consumo de carne diminui.
Os preços da carne suína, bovina, laticínios e aves estão caindo no maior consumidor de carne do mundo, à medida que os consumidores, lidando com a desaceleração da economia, reduzem as compras.
Essa queda na demanda ocorre após um aumento na produção da indústria animal, especialmente dos criadores de suínos.
“Os preços da carne bovina e do leite cru no primeiro semestre do ano caíram 12,1% e 12,5%, respectivamente, e os criadores de gado de corte e vacas leiteiras estão tendo prejuízos”, disse Wang Lejun, diretor de pecuária do Ministério da Agricultura, a repórteres na quarta-feira.
“Para a pecuária de corte e leite, queremos orientar as fazendas a otimizar e ajustar a estrutura do rebanho, eliminar moderadamente vacas velhas e de baixa produtividade e adequar melhor o desenvolvimento da produção à demanda do mercado”, disse ele.
Wang disse que o mercado de gado estava bem abastecido, o que resultou em preços baixos.
No primeiro semestre do ano, a produção geral de carne suína, bovina, ovina e de aves aumentou 0,6% em relação ao ano anterior, a produção de ovos aumentou 2,7% e a produção de leite aumentou 3,4%, acrescentou.
Em março, Pequim emitiu regulamentações para reduzir a população de porcas reprodutoras depois que uma expansão agressiva de fazendas nos últimos dois anos desencadeou um excesso de oferta de carne suína que levou as empresas a registrar grandes prejuízos.
Em junho, o governo divulgou regulamentações para controlar a produção de gado de corte.
Embora a redução no tamanho do rebanho suíno tenha ajudado na recuperação dos preços, acredita-se que os preços da carne bovina e dos laticínios permanecerão baixos no segundo semestre do ano, disse Wang.
O número de porcas em junho foi de 40,38 milhões de cabeças, com o rebanho suíno diminuindo 6,4% em relação ao ano anterior, acrescentou.
As importações de carne da China no primeiro semestre de 2024 caíram 13,4% em relação ao ano passado, com as importações de carne suína e de aves sendo as mais afetadas.
Fonte: portaldoagronegocio