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Agronegócio

Safra brasileira de café: colheita avança apenas 5%

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Não há comparativo com igual período do ano passado e nem com a mé histórica. “Mas, pela curva dos é nítido que o ritmo da colheita está atrasado em relação ao normal para o mesmo período”, aponta o consultor de SAFRAS, Gil Barabach.

“As chuvas acima da média nesse início de acabaram atrasando a maturação dos frutos e adiando o início dos trabalhos de colheita”, avalia Barabach. No conilon, que inicia a colheita mais cedo, os trabalhos compreendem apenas 12% da produção. “A umidade, além de atrapalhar a maturação, também chegou a interrompeu os trabalhos, particularmente, em Rondônia”, comenta.

No caso do arábica, a colheita gira em torno de 1% e apenas na região das Matas de Minas e no Oeste da Bahia os trabalhos de colheita avançam efetivamente um pouco mais.

As vendas da safra brasileira de café 2023/24, que está em fase inicial de colheita, estão em apenas 24% do total esperado a ser produzido. O dado faz parte de levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, até o dia 10 de maio. O percentual de vendas é muito inferior a igual período do ano passado, quando estava em cerca de 31% da safra, e está também abaixo da média normal para o período, que é de 26%.

Desta forma, já foram negociadas 16,02 milhões de sacas de uma safra 2023/24 estimada por SAFRAS & Mercado de 66,65 milhões de sacas.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, as vendas da safra nova brasileira andaram muito pouco nas últimas semanas. “A explicação para a lentidão está na diferença entre o preço praticado no disponível e a ideia para fixação antecipada de safra nova, que pode chegar a R$ 100 a saca a favor do disponível para algumas descrições. Diante dessa diferença, é nítida a estratégia do vendedor de focar sua atuação no disponível, o que reduz a liquidez das negociações com safra nova”, aborda Barabach.

Além disso, a demanda externa, embora voltada para o café novo, também segue sem muita agressividade diante da aposta em diferenciais mais fracos no FOB porto a partir do avanço da colheita de arábica da safra brasileira 2023. Isso acaba colaborando com a fraca performance de vendas, analisa o consultor.

O levantamento da SAFRAS envolve, além de alguma venda física disponível, também as operações de troca, trava junto a tradings e as rolagens de negociação da safra passada. As vendas do café arábica estão em 26% do potencial da produção, bem abaixo de igual período do ano passado, quando estavam em 34% e abaixo da média de 5 anos em 29%. “O principal entrave para uma melhora no fluxo de venda é a diferença entre os preços da safra 2022 e 2023”, indica. O café de bebida boa do Sul de Minas, por , é indicado na compra a R$ 1.050 a saca no disponível, enquanto a ideia para entrega e pagamento em setembro/2023 é R$ 970 a saca. “Essa diferença de R$ 80 a saca acaba afastando o interesse de venda”, afirma.

No caso do conilon, depois do atraso inicial, a colheita começa a ganhar ritmo e aparecer mais café novo no mercado. “As vendas, no entanto, continuam em compasso lento. O produtor acompanha a disparada do robusta em Londres, o que segura o ímpeto de venda”, comenta.

A comercialização de conilon gira em torno de 20% da safra 2023, envolvendo além das vendas físicas, também as operações de troca e as fixações antecipadas junto às indústrias. O fluxo comercial continua abaixo de igual período do ano passado, quando 23% já havia saído das mãos dos produtores. Mesmo assim, as vendas na atual temporada estão mais aceleradas que a média dos últimos 5 anos (18%).

Agência SAFRAS

Fonte: portaldoagronegocio

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