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Agronegócio

Capacidade produtiva de carne de frango no Brasil deve continuar em ascensão em 2023, segundo especialista em agronegócio.

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A carne de frango brasileira, proteína animal mais procurada no mundo, deve manter o forte crescimento de produção. Embora os primeiros meses do ano sejam tradicionalmente mais retraídos, principalmente por conta da desaceleração das exportações que ocorre nesse período, em 2023, porém, houve um aumento significativo na capacidade produtiva da carne de frango no Brasil, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

“Os resultados do primeiro bimestre reforçam a expectativa de um crescimento assíduo tanto da produtividade, quanto no envio do produto a outros países ao longo do ano”, comenta o country manager da Quimtia Brasil, empresa especializada na produção de premix e insumos para nutrição animal, Anderson da Veiga.

De acordo com o especialista, outro aspecto que deve contribuir para que a produção de carne de frango se mantenha em alta é a chegada da Polinésia Francesa como a mais nova parceira comercial do Brasil no processo de importação da carne de aves brasileira. Ainda para o country manager, embora o país localizado em território polinésio e pertencente à França não consuma um volume significativo, a parceria deve alavancar, especialmente a exportação de cortes de carne mais nobre de frango.

“A importância que se deve a essa parceria com a Polinésia Francesa é, particularmente, pelo tipo de mercado que ela deve atender, que é o turismo, ou seja, um nicho de negócio extremamente exigente. Por isso deve demandar do Brasil cortes mais nobres, como peito de frango, principalmente”, comenta o executivo da Quimtia Brasil.

Mercado brasileiro avança no cenário internacional

Segundo Anderson, com a Polinésia Francesa entrando definitivamente no radar de negociações, o Brasil ultrapassa a faixa dos 170 países no processo de exportação da carne de aves. Hoje, entre os 10 maiores consumidores da carne de frango brasileiro estão a China, que importa cerca de 540 mil toneladas ao ano, seguidos por Emirados Árabes Unidos, Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Filipinas, Coréia do Sul, Países Baixos, Singapura e México.

“Para se ter uma ideia, por ano o Brasil exporta para os mais de 170 países o equivalente a 4.652 Milhões de toneladas, sendo que quase a totalidade desse volume [4 milhões] corresponde aos 30 maiores compradores”, afirma.

Elasticidade, velocidade e flexibilidade são fatores decisivos para o mercado brasileiro ser o principal exportador do produto no mundo

Ainda que o Brasil esteja em terceiro no ranking de produção de proteína animal, quando se trata de exportações, o mercado brasileiro lidera. “Isso se deve graças a forte elasticidade de produção, a velocidade de adequação às normas de exportação e especificações de cada país e região, a flexibilidade em atender demandas específicas, além de, claro, a grande qualidade do produto que atualmente é um dos diferenciais quando se trata da avicultura no Brasil”, destaca Anderson da Veiga.

Segmentação dos frigoríficos brasileiros propicia uma exportação mais assertiva

O country manager da Quimtia ressalta também, que hoje os frigoríficos brasileiros conseguem “segmentar” determinadas unidades para a produção de frango que serão enviados para regiões específicas. Segundo ele, isso contribui para que as exportações do Brasil sejam cada vez mais eficientes e de excelência.

“Existem frigoríficos, por exemplo, que só produzem carne de frango para países da União Europeia, outros só para o Oriente Médio e assim sucessivamente. Esse direcionamento deixa mais fácil e assertivo o processo de envio do produto a estas regiões, pois podemos dizer que eles se especializam em uma produção específica e atendendo especificações de regulamentação de uma determinada região”, finaliza Anderson.

Fonte: portaldoagronegocio

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