Sophia @princesinhamt
Agronegócio

Manter o milho secando no campo gera perdas de qualidade e produtividade

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um dos momentos mais delicados na cultura do milho, a colheita deve ser planejada com antecedência e feita assim que possível, pois manter a planta no campo deixa os grãos desprotegidos e expostos a condições adversas do ambiente. A etapa seguinte, a secagem, é necessária para a redução da umidade do milho, que deve ficar entre 12% a 14% (b.u.), sem gradiente de umidade e temperatura, percentual ideal para o armazenamento. 

A secagem do grão pode ser feita de duas formas. A secagem a campo, ainda a mais utilizada, ocorre de forma natural e depende da radiação solar. Porém, o prolongamento deste período também deixa a planta vulnerável a condições climáticas indesejáveis, ao ataque de insetos, fungos e perda de matéria seca, que diminuem a qualidade dos grãos e acarretar em perdas na produtividade. 

Além disso, essas condições a leitura média da umidade do milho não são eficientes o suficiente para a obtenção da umidade ideal, pois não verifica os extremos inferior e exterior do grão. Arci Mendes, consultor em agronegócio, explica que há variações dentro do grão. “Existe uma falsa verdade no mercado, de que a umidade de 12% a 14% é atingida naturalmente no campo. O grão é um ser vivo que respira e libera não só carbono, mas também nutrientes no ar, por isso o milho seco naturalmente, a campo, é inadequado para alguns fins e desinteressante para a indústria alimentícia”. O especialista afirma que não há prazo definido para a secagem das espigas na lavoura. “Esse tempo depende de fatores como variedade, massa vegetal, clima e até da pressão para liberar o campo para o plantio da próxima cultura”. 

A outra prática de secagem é com a utilização de secadores artificiais de grãos, que aceleram o processo de perda de água, conservando o produto por até mais de um em perfeitas condições. De 20% a 30% da produção nacional de milho são submetidos a equipamentos de secagem artificial, segundo estimativa da Embrapa, de 2015, e vem conquistando cada vez mais espaço. Com experiência do ramo, Mendes pondera que os secadores convencionais, em geral, não fazem um bom . “Na maioria dos equipamentos há uma demora na secagem, ao ficar muito tempo aquecido o grão pode queimar e perder nutrientes, como amido e proteínas”.

Uma alternativa que vem conquistando o setor produtivo são os secadores de alta performance tecnológica da Dryeration, que conseguem retirar a umidade dos grãos com rapidez, permitindo uma secagem uniforme e preservando a qualidade original dos grãos. Mendes faz um comparativo com uma queimadura na pele, que deve ser resfriada para evitar que atinja camadas mais profundas e os danos serem menores. “A tecnologia da Dryeration aquece tão rapidamente o grão que a umidade interna é puxada para fora, antes que o seu interior aqueça ou queime. A água é retirada e o grão logo esfria, promovendo uma migração de dentro para fora para curar a parte externa e fazer um equilíbrio”. 

Para atingir esse diferencial de excelência, o especialista em sistemas de secagem de grãos e fundador da Dryeration, Otalício Pacheco da Cunha explica que a tecnologia utilizada torna a velocidade de secagem até cinco vezes mais rápida que os equipamentos convencionais. “Conseguimos reduzir até 10 pontos percentuais de umidade por hora, além de oferecer uma eficiência térmica e energética”, resume. 

Estudioso no entendimento de como funciona o grão pelo calor, Cunha lidera o desenvolvimento de um portfólio de opções que garantem um sistema de processamento de grãos moderno e eficiente, produzidas com tecnologia 100% nacional. Com capacidade de produção de 10 ton/h a 300 ton/h, têm como um diferencial, um eficiente Estabilizador de Gases Quentes (EGQ). “O secador equilibra volume e pressão do ar, proporcionando uma alimentação uniforme e eficiente na câmara de secagem. Com isso, a secagem de grãos é uniforme. Além disso, um sistema de circulação utiliza o calor do próprio secador para a realimentação de todo o processo. O equipamento possui, ainda, um sistema de filtragem das películas geradas pela secagem, que são direcionadas para a queima em forma de reciclagem, como combustível”, detalha Cunha. Planejado para trabalhar ao ar livre, o equipamento também pode ser utilizado com sementes, cereais e oleaginosas.

Outra particularidade é o Homogeneizador da massa de grãos, que elimina a autoclassificação durante o carregamento dos silos ou armazéns graneleiros. O equipamento recebe o fluxo de grãos dos elevadores ou correias transportadoras e fraciona, por gravidade, em diversas partes iguais e homogêneas, sem consumo de energia elétrica.

Além disso, atendendo às exigências dos órgãos ambientais, um Sistema de Despoeiramento (DRY-SP), dinâmico e autolimpante, reduz a emissão de particulados em mais de 90%. Os equipamentos contam, ainda, com abafador de ruídos, incômodo comumente presente na rotina dos trabalhadores de Unidades de Beneficiamento e Armazenagem de Grãos (UBAG).

Todos os produtos Dryeration, empresa com 43 anos de idade, com sede em Cachoeirinha (RS), são construídos em chapa de aço galvanizada e perfurada, o que ajuda na redução do tempo de secagem. Os equipamentos são de fácil instalação e operação, atendendo indústrias, cooperativas, lavouras e fábricas que trabalham com processos de pós-colheita, obtendo excelentes resultados, também, com soja, arroz e feijão recém-saídos das lavouras

Fonte: portaldoagronegocio

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.