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Agronegócio

Vazio Sanitário do Algodão em Goiás: O que é e regiões impactadas

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A partir desta terça-feira, 10 de setembro, inicia-se o período de vazio sanitário para a cultura do algodão em 54 municípios da Região 3 do Estado de Goiás. Essa medida, estabelecida pela Instrução Normativa nº 04/2019 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), visa o controle da praga bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) e faz parte do Programa Nacional de Prevenção e Controle dessa praga, promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O vazio sanitário é um período contínuo durante o qual é proibido cultivar, manter ou permitir plantas vivas do algodoeiro em qualquer estágio vegetativo em áreas específicas. Esta norma abrange não apenas as plantas cultivadas, mas também as plantas voluntárias e as rebrotadas, que podem servir como hospedeiras da praga.

Objetivo e Medidas Fitossanitárias

De acordo com José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, o objetivo do vazio sanitário é reduzir a população do bicudo-do-algodoeiro, uma praga de grande impacto econômico para a cultura do algodão. “O vazio sanitário é uma das várias medidas fitossanitárias implementadas, que também incluem o calendário de semeadura, o cadastro das lavouras, a destruição dos restos culturais após a colheita e o manejo integrado de pragas”, explica Ramos.

O período de vazio sanitário na Região 3 vai de 10 de setembro a 19 de novembro e inclui os seguintes municípios: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, entre outros. Outras duas regiões iniciarão o vazio sanitário em setembro: a Região 1, que abrangerá 73 municípios de 15 de setembro a 25 de novembro, e a Região 2, com 30 municípios, de 20 de setembro a 30 de novembro.

Fiscalização e Cumprimento das Normas

Durante o período de vazio sanitário, os fiscais estaduais agropecuários da Agrodefesa realizarão inspeções para garantir a destruição dos restos culturais de algodão e o cumprimento das normas estabelecidas. A destruição dos restos culturais deve ser concluída em até 15 dias após a colheita, respeitando o prazo estipulado pela Agrodefesa para o início do vazio sanitário em cada região.

Maxwell Carvalho de Oliveira, coordenador do Programa de Algodão da Agrodefesa, ressalta a importância de observar as normas durante o transporte de algodão em caroço e caroço de algodão. “As cargas devem ser adequadamente acondicionadas para evitar o derramamento e a germinação de sementes durante o transporte”, adverte Oliveira.

Exceções e Procedimentos

A Instrução Normativa nº 04/2019 prevê algumas exceções para o período de vazio sanitário, incluindo cultivos destinados à pesquisa científica, material genético sob controle direto, produção de sementes genéticas e Projetos Públicos de Irrigação em Goiás. Para esses casos, a autorização deve ser solicitada à Agrodefesa com antecedência de 30 dias.

O bicudo-do-algodoeiro é uma praga significativa para a cotonicultura brasileira, detectada pela primeira vez em Campinas (SP) em fevereiro de 1983. Em Goiás, a praga foi identificada na safra 1997/98 e tem presença em quase todos os municípios do Estado. O controle eficaz dessa praga é essencial para a sustentabilidade da cultura do algodão e para a proteção econômica dos produtores.

Fonte: portaldoagronegocio

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