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Gustavo Meca
Durante o Salão Internacional da Proteína Animal (SIAVS) em São Paulo, Mario Sergio Cutait, diretor e acionista do Grupo MCassab Nutrição e Saúde Animal e proprietário da Fider Pescados, ressaltou o papel emergente da tilápia como uma força significativa no mercado global de proteínas. Cutait enfatizou que o Brasil, atualmente o quarto maior produtor mundial de tilápia, produz cerca de 600 mil toneladas anualmente, ficando atrás apenas da China, Indonésia e Egito.
Cutait apontou que, em 2022, a produção de tilápia superou a pesca por captura, um marco que sugere um futuro promissor para a aquicultura. Ele projetou que, em 25 anos, a aquicultura poderá ultrapassar a produção de frangos e suínos. O diretor acredita que a tilápia está seguindo o mesmo caminho que o frango trilhou há 50 anos e destacou a excelente infraestrutura logística do Brasil para exportação, como o transporte aéreo de filé fresco para os Estados Unidos, o maior consumidor mundial da espécie.
O Brasil, com mais de 5 milhões de hectares de reservatórios de água doce e uma produção abundante de grãos, oferece condições ideais para o crescimento da aquicultura. O clima favorável e a crescente demanda interna e externa são fatores adicionais que contribuem para o potencial da tilápia. A produção de peixes de cultivo deve aumentar 10% ao ano até 2032, de acordo com as previsões.
Cutait também abordou a importância do melhoramento genético e nutricional da tilápia, que resulta em ganhos periódicos de produtividade e destaca o compromisso do Brasil com a produção sustentável. Além disso, ele mencionou o crescimento contínuo da Fider Pescados, que produz 10 mil toneladas de tilápia por ano em sua moderna unidade de processamento em Rifaina (SP). A empresa também investe em preservação ambiental, com uma Área de Preservação Permanente que abriga espécies em risco de extinção.
Com esses avanços, a tilápia está bem posicionada para se consolidar como uma importante fonte de proteína no mercado global, refletindo a crescente importância da aquicultura no Brasil.
Fonte: portaldoagronegocio