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Agronegócio

Tensões comerciais podem impactar crescimento global para 2,3% em 2025, indica agência da ONU

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Desaceleração global prevista para 2025

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) alertou, nesta quarta-feira (16), que o crescimento da economia mundial poderá desacelerar para 2,3% em 2025. O motivo, segundo a agência, são as tensões comerciais crescentes e o aumento da incerteza econômica, que impulsionam uma tendência de recessão global.

Comparação com o desempenho de 2024 e com o período pré-pandemia

De acordo com o relatório publicado pela UNCTAD sobre as perspectivas de comércio e desenvolvimento, a economia global registrou um crescimento de 2,8% em 2024. O documento destaca que esse desempenho já representou uma desaceleração em relação às taxas médias anuais observadas antes da pandemia — período que, por si só, já havia sido marcado por um crescimento global moderado.

Impactos das novas tarifas anunciadas pelos EUA

As incertezas comerciais se intensificaram no início de abril, após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas abrangentes contra diversos países. Embora algumas dessas tarifas tenham sido posteriormente suspensas, novas taxas ainda mais rígidas, de até 145%, foram impostas à China. Essa medida aumentou o nervosismo entre os investidores, elevando os temores de uma recessão na economia norte-americana.

Riscos aos fluxos produtivos e ao comércio internacional

A UNCTAD alerta que a adoção sucessiva de medidas comerciais restritivas, somadas aos confrontos geoeconômicos, pode comprometer seriamente as cadeias de produção que atravessam fronteiras e afetar os fluxos de comércio internacional. Tal cenário tende a reduzir a atividade econômica global de forma expressiva.

Cenário de incerteza e impactos nos investimentos

O relatório da agência ressalta que as projeções para 2025 são marcadas por um grau de incerteza sem precedentes neste século. Essa instabilidade afeta diretamente o planejamento empresarial, resultando em prejuízos, adiamento de investimentos e interrupções na geração de empregos.

Apelo às políticas comerciais dos EUA

Em resposta ao novo panorama internacional, a UNCTAD solicitou ao governo Trump, ainda na segunda-feira (14), que exclua as economias mais pobres e de menor porte das tarifas comerciais recíprocas. A entidade argumenta que essa exclusão teria impacto mínimo nos objetivos estratégicos da política comercial dos Estados Unidos, ao passo que reduziria os efeitos negativos sobre as nações em desenvolvimento.

Fonte: portaldoagronegocio

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