Os contratos futuros de açúcar registraram queda significativa nesta terça-feira (8) nas bolsas internacionais, impactados pelo agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A troca de tarifas entre as duas potências globais elevou a aversão ao risco nos mercados e pressionou os preços da commodity, que atingiram o menor patamar em quatro semanas.
Segundo dados da plataforma Barchart, o aumento da preocupação com uma possível desaceleração da economia global afetou o desempenho dos principais índices acionários, contribuindo para a queda nas cotações do açúcar.
Outro fator que influenciou o mercado foi a valorização do dólar em relação ao real, que levou a moeda brasileira ao menor nível em dois meses e meio. Com isso, o açúcar brasileiro ganhou competitividade no mercado internacional, o que favorece as exportações. No entanto, analistas alertam que o aumento de tarifas pode encarecer o produto e, consequentemente, provocar retração no consumo global.
Desempenho nas bolsas internacionais
Na ICE Futures, em Nova York, os contratos futuros do açúcar bruto encerraram o dia em baixa. O vencimento para maio de 2025 recuou 37 pontos, sendo cotado a 18,31 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato de julho de 2025 teve queda de 35 pontos, negociado a 18,14 centavos de dólar por libra-peso.
Na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou desvalorização. O contrato com vencimento em maio de 2025 caiu US$ 10,70, encerrando a sessão a US$ 523,20 por tonelada. O contrato de agosto de 2025 recuou US$ 9,90, com cotação de US$ 511,10 por tonelada.
Fonte: portaldoagronegocio