Pouca oscilação nos preços da soja no Brasil
O mercado brasileiro de soja teve um mês de maio marcado por estabilidade nos preços domésticos. Com o fim da colheita no país, os produtores adotaram uma postura cautelosa, aproveitando apenas os momentos de alta para realizar negociações.
Preços nas principais praças produtoras
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos iniciou e encerrou o mês a R$ 128,00.
- Cascavel (PR): variação negativa, de R$ 129,00 para R$ 128,00.
- Rondonópolis (MT): queda de R$ 116,00 para R$ 115,00.
- Porto de Paranaguá (PR): cotação estável em R$ 134,00 ao longo de maio.
Desempenho em Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho registraram leve valorização de 0,55% em maio, sendo cotados a US$ 10,50 1/4 por bushel na manhã do dia 30. Apesar de fundamentos negativos no mercado, os preços se mantiveram firmes durante o mês.
Plantio nos EUA avança e limita altas
O bom andamento do plantio nos Estados Unidos, sem grandes ameaças climáticas, reforça a expectativa de uma safra robusta. Esse cenário tem limitado reações mais expressivas nas cotações, mesmo diante da atual fragilidade na demanda norte-americana e da instabilidade provocada pelas políticas tarifárias do ex-presidente Donald Trump.
Atenção do mercado se volta para o mês de junho
As atenções agora se concentram no desenvolvimento das lavouras americanas. Um dos principais destaques será o relatório de área plantada nos EUA, com divulgação prevista para 30 de junho, fator que pode influenciar diretamente os preços internacionais.
Oferta brasileira pressiona cenário externo
Mesmo com a recente trégua comercial entre Estados Unidos e China, o Brasil continua como principal fornecedor de soja para os chineses, devido às condições mais competitivas no mercado de exportação e ampla oferta do grão.
Câmbio teve pouca influência nos negócios
O dólar comercial apresentou desvalorização de 0,14% no mês de maio, cotado a R$ 5,6673 na manhã do dia 30. A expectativa é de que a moeda americana se mantenha nesses patamares até o fim do ano. No radar dos analistas, o fluxo de capital estrangeiro – favorecido pelas tarifas de Trump – pode pressionar o câmbio para baixo, enquanto as incertezas fiscais no Brasil atuam como fator de alta.
Fonte: portaldoagronegocio