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Setor de fertilizantes no Brasil não é afetado pela nova tarifa dos EUA: entenda os impactos

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Cláudio Neves

Nova tarifa dos EUA atinge diversos produtos brasileiros, mas exclui fertilizantes

No dia 31 de julho, o governo dos Estados Unidos anunciou a aplicação de uma tarifa extra de 40% sobre uma série de produtos importados do Brasil. A medida, que visa proteger a indústria americana, passa a valer uma semana após sua publicação e, em alguns casos, eleva a carga tributária total para até 50%.

No entanto, uma análise da consultoria GlobalFert revelou que os fertilizantes usados na agricultura brasileira ficaram de fora dessa nova taxação, evitando impactos diretos ao setor.

Fertilizantes essenciais ficam isentos da nova taxação

Produtos à base de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), além de micronutrientes como boro, zinco, enxofre e magnésio, não sofrerão a sobretaxa adicional. Também seguem isentos compostos como hidróxido de potássio, sulfatos de zinco, manganês e magnésio, além de materiais industriais com uso agrícola, como silício técnico e óxido de alumínio.

A exclusão destes itens da lista tarifária foi possível graças à aplicação rigorosa da classificação pelo código HTSUS (Harmonized Tariff Schedule of the United States), que determina quais produtos estão sujeitos a impostos, cotas ou exceções.

Comércio entre Brasil e EUA no setor é pouco expressivo

Segundo dados da GlobalFert, os Estados Unidos não representam um parceiro comercial relevante para o Brasil no segmento de fertilizantes. Nos últimos cinco anos, apenas 0,4% das exportações brasileiras de fertilizantes NPK tiveram os EUA como destino.

Do lado das importações, os fertilizantes americanos corresponderam a cerca de 1% do total recebido pelo Brasil, com uma leve queda para 0,7% no primeiro semestre de 2025.

Setor de fertilizantes brasileiro evita efeitos diretos do tarifaço

Com a manutenção da isenção para fertilizantes e produtos relacionados, o segmento agrícola brasileiro evita pressões imediatas causadas pela nova política tarifária dos Estados Unidos. Isso contribui para preservar a competitividade da agricultura nacional e garante a continuidade do abastecimento de insumos essenciais para a próxima safra.

Fonte: portaldoagronegocio

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