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CENÁRIO AGRO

Santa Catarina: Safra de milho encerra com baixa incidência de infecções bacterianas por cigarrinha

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Com a colheita de 97% da safra de milho praticamente concluída em Santa Catarina, os dados mais recentes do programa Monitora Milho SC indicam uma queda significativa na presença da cigarrinha-do-milho nas lavouras do estado. Apesar da detecção pontual de alguns patógenos, as infecções bacterianas permanecem em níveis baixos, sem representar grandes riscos à produção. O monitoramento contínuo tem sido essencial para orientar o manejo e prevenir perdas futuras.

Queda na presença de cigarrinhas ao fim da colheita

Com a colheita da safra de milho 2024/2025 próxima da conclusão, a incidência da cigarrinha-do-milho tem diminuído progressivamente nas últimas três semanas. De acordo com Maria Cristina Canale, coordenadora do programa Monitora Milho SC e pesquisadora da Epagri, ainda há registros do inseto nas lavouras, porém em números reduzidos.

As maiores ocorrências continuam sendo observadas na região Oeste do estado, com áreas específicas sendo monitoradas nos municípios de Bom Jesus e Braço do Norte.

Infecções bacterianas estão controladas

Segundo a pesquisadora, a atual safra traz uma boa notícia: não houve detecção do espiroplasma causador do enfezamento-pálido, uma das principais ameaças bacterianas às lavouras de milho. Já o espiroplasma responsável pelo enfezamento-vermelho foi identificado com alguma frequência, mas sem representar perigo relevante à produção.

Apesar disso, outros vírus como o mosaico-estriado e o rayado-fino apareceram com certa regularidade nos levantamentos, embora, de acordo com Maria Cristina, as viroses não preocupem tanto quanto as infecções de origem bacteriana.

Orientações para o período de colheita

A pesquisadora recomenda atenção redobrada na regulagem das máquinas agrícolas e vedação dos caminhões de transporte, a fim de evitar perdas de grãos durante a colheita. Isso porque o milho que germina espontaneamente após a queda de grãos — conhecido como milho tiguera — pode funcionar como abrigo para as cigarrinhas e reservatório de patógenos.

Maria Cristina também ressalta a importância de ações preventivas na entressafra, já que a cigarrinha-do-milho apresenta resistência ao frio e pode sobreviver ao inverno.

Monitoramento contínuo é fundamental

O programa Monitora Milho SC realiza o acompanhamento sistemático da população de cigarrinhas e dos patógenos associados em todas as regiões do estado. Na última semana, a média registrada foi de 68 insetos por armadilha, com a detecção dos vírus do rayado-fino, do mosaico-estriado e da bactéria do enfezamento-vermelho no município de Guatambu.

Criado no início de 2021, o Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, que reúne instituições como Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. O objetivo é fornecer informações estratégicas ao setor produtivo, garantindo ações eficazes no controle e prevenção dessas pragas.

Fonte: portaldoagronegocio

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