Os preços do milho no mercado brasileiro permaneceram estáveis entre os dias 23 e 29 de maio, mas com tendência de queda, conforme análise divulgada pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema).
Durante o período:
- A média de preços no Rio Grande do Sul ficou em R$ 63,32 por saca;
- Nas principais praças do país, os valores giraram em torno de R$ 61,00;
- Em outras regiões, os preços variaram entre R$ 53,00 e R$ 65,00 por saca.
Na Bolsa Brasileira (B3), os contratos futuros apresentaram forte volatilidade:
- Julho: R$ 63,31 por saca;
- Setembro: R$ 64,59;
- Janeiro de 2026: R$ 71,00.
Colheita da segunda safra começa no Mato Grosso com clima favorável
A colheita da segunda safra de milho já começou no Mato Grosso, impulsionada por condições climáticas positivas.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), até a sexta-feira anterior ao dia 29 de maio, 0,31% da área plantada já havia sido colhida.
A expectativa é otimista: a produção no estado pode atingir 48,9 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 3,6% em relação ao ciclo anterior.
Produção nacional pode crescer 8,7% em 2024/25, aponta Datagro
A consultoria Datagro revisou para cima suas estimativas para a safra brasileira de milho 2024/25.
A produção total pode alcançar 132,7 milhões de toneladas, um volume 8,7% maior que o registrado na safra passada, que fechou em 122,1 milhões de toneladas.
- Safra de verão:
- Produção estimada: 25,2 milhões de toneladas, alta de 2% sobre a safra anterior;
- Produtividade: 6.608 kg/ha, aumento de 9%.
- Segunda safra:
- Representará 81% da produção total;
- Estimativa: 107,5 milhões de toneladas;
- Produtividade: 5.957 kg/ha, recorde histórico.
Alta na produção não elimina déficit no balanço de oferta e demanda
Apesar da safra robusta, a Datagro projeta que o consumo interno continuará superando a produção nacional.
A consultoria prevê um déficit de 2,3 milhões de toneladas em 2024/25, o que representará o quinto ano consecutivo de saldo negativo na balança do cereal.
Embora o déficit seja menos severo que o registrado na safra anterior, quando chegou a 4,8 milhões de toneladas, o cenário ainda exige atenção dos agentes do setor.
Fonte: portaldoagronegocio