O Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira, 13, revelou uma expressiva redução na área destinada ao cultivo da 2ª safra de feijão no Rio Grande do Sul. A estiagem prolongada, que afetou a recarga hídrica dos reservatórios e dificultou a irrigação ao longo do ciclo da cultura, foi o principal fator que contribuiu para essa diminuição. Além disso, a desvalorização dos preços do feijão também desestimulou os produtores a manter o cultivo.
De acordo com o relatório, a área cultivada recuou 46,5% em comparação com a safra anterior. Estima-se que 11.913 hectares tenham sido efetivamente semeados, com uma produtividade média projetada de 1.527 kg por hectare.
O impacto da seca variou entre as regiões. Na área administrativa da Emater-RS/Ascar de Ijuí, o efeito da estiagem foi mais brando, pois o uso de irrigação ajudou a manter um bom desenvolvimento das lavouras. Em Santa Maria, o levantamento mostrou que 55% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 40% na floração e enchimento de grãos, e 4% na maturação. A colheita já começou em algumas áreas, com destaque para São Martinho da Serra, onde 10% da área foi colhida.
Na região de Soledade, a maior parte das lavouras permanece na fase vegetativa, mas algumas áreas mais precoces já avançaram para o florescimento. O levantamento destacou que as chuvas mais bem distribuídas em fevereiro contribuíram para o desenvolvimento da cultura, e grande parte da área já recebeu adubação nitrogenada de cobertura.
Fonte: portaldoagronegocio