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Agronegócio

Potencial de Crescimento nas Exportações de Arroz Brasileiro nos Próximos Anos

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A 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, que ocorre até quinta-feira (20) na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), abordou as perspectivas do mercado internacional como uma oportunidade estratégica para o setor. O painel, conduzido pelo presidente da Farsul, Gedeão Pereira, contou com a participação da diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Sueme Mori, que traçou um panorama detalhado sobre a produção de arroz, seus principais fornecedores e consumidores, além das oportunidades que o mercado externo oferece ao produto brasileiro.

Sueme iniciou sua apresentação com uma reflexão sobre a presença do Brasil no mercado internacional, destacando que o país se mantém sempre no foco devido ao seu desempenho no setor agropecuário. “O Brasil vende muito e compra pouco sua produção, o que pode ser visto como um ponto negativo em negociações com parceiros comerciais, que muitas vezes perguntam o que o Brasil precisa comprar”, comentou. A palestrante também ressaltou que a China é responsável por consumir 30% dos alimentos exportados, desempenhando papel fundamental no comércio global.

Em relação ao arroz, Sueme destacou a consolidação das exportações brasileiras para a África e as Américas, devido ao tipo de produto produzido no país. Além disso, o Brasil se posiciona como o maior produtor de arroz no mundo ocidental, superado apenas por países asiáticos. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) prevê um crescimento modesto no consumo global de arroz nos próximos dez anos, abaixo de 1%. No entanto, a África experimentará um aumento três vezes maior, impulsionado pelo crescimento populacional e aumento da renda.

Ao concluir, Sueme compartilhou uma análise sobre o México, que, após o crescimento da inflação no país, adotou o programa Pacic. Entre as medidas, destaca-se a redução da tarifa de importação de arroz brasileiro, o que impulsionou as exportações para o país. Ela ressaltou que, diferentemente das negociações no Mercosul, o México permite negociações bilaterais. No entanto, a meta do Brasil é estabelecer uma estratégia para não depender do Pacic, uma vez que o programa é anual e pode ser cancelado a qualquer momento.

A especialista também afirmou que, embora o mercado de arroz seja pequeno em termos de exportação, ele possui um grande potencial de crescimento nos próximos dois a três anos.

A 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), com correalização da Embrapa e do Senar, e patrocínio premium do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). O evento, que tem como tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho – Uma Visão de Futuro”, reúne especialistas e produtores para discutir o futuro da produção de arroz no Brasil. 

Fonte: portaldoagronegocio

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