O deputado estadual do Novo em são Paulo, Leonardo Siqueira, protocolou seis pedidos de afastamento de dirigentes e conselheiros da indicados pelo governo . Os documentos foram encaminhados nesta quarta-feira, 25, e alegam o não cumprimento de “requisitos para investidura nos cargos”.
Siqueira apresentou os pedidos de afastamento dos seguintes integrantes da Petrobras: Raoni Iago Pinheiro Santos, Benjamin Alves Rabello filho, Jose Affonso de Albuquerque Netto, Daniel Cabaleiro Saldanha, cristina Bueno Camatta e Arthur Cerqueira Valério.
Os dirigentes da Petrobras citados por Siqueira foram indicados à estatal pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil).
“Temos visto um grande aumento da interferência política na gestão da Petrobras”, afirmou o deputado estadual do Novo. “O próprio Ministério Público tem investigações nesse sentido. Essas seis ações têm argumentos técnicos bem robustos.”
Leonardo Siqueira destacou que quatro dos nomes indicados para a estatal são de funcionários comissionados do Ministério de Minas e Energia. “Portanto, não poderiam assumir uma posição na petroleira por conflitos claros de interesse”, argumentou.
“Os outros dois, não possuem conhecimentos técnicos para os quais foram indicados, o que demonstra uma indicação política. Tudo isso é vedado pela Lei das Estatais, pela CVM e pela própria política de indicação da alta administração da Petrobras “, declarou.
Ao todo, o deputado estadual Leonardo Siqueira protocolou seis ações pelo afastamento dos dirigentes — uma para cada nome. Além da “falta de experiência e profissional para exercer cargos”, indica uma possível “interferência do governo Lula” na Petrobras.
“Tenho acompanhado a interferência do governo Lula na Petrobras há um tempo”, disse. “Por isso, venho propondo várias iniciativas para anular as indicações políticas na diretoria, comitês e gerências da Petrobras. Inclusive, com êxito no breve afastamento do atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, após o reconhecimento do conflito de interesse.”
Leonardo Siqueira destacou que ocorre um “claro conflito de interesse” em parte das indicações aos cargos, sobretudo aos nomes que “vão estar ao mesmo tempo no órgão que regula o setor, o ministério de Minas e Energia, e na empresa regulada, a Petrobras”.
“Estamos voltando a Petrobras do governo Dilma, quando a empresa foi tomada politicamente e se tornou a empresa mais endividada do mundo com R$ 125 bilhões de dívida”, destacou Siqueira.