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Planeta Terra: Dia mais curto do ano registrado nesta terça-feira (22) – Entenda a aceleração

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A Terra está literalmente com pressa. Nesta terça-feira (22), o planeta vai completar sua rotação em torno do próprio eixo mais rápido do que o normal, fazendo com que o dia dure 1,34 milissegundo a menos. É o dia mais curto de 2025 — ainda que isso passe completamente despercebido para nós, humanos.

Para comparação, um piscar de olhos dura cerca de 300 milissegundos, o que significa que o tempo “perdido” é quase 200 vezes menor do que isso. A mudança, portanto, não afeta nossas atividades do dia a dia.

Esse tipo de variação não é inédito. No dia 9 de julho deste ano, a Terra já havia girado mais rápido, mas o encurtamento previsto para hoje é ainda maior. O recorde histórico de giro mais rápido já registrado foi em 29 de junho de 2022, quando o planeta rodou 1,59 milissegundo mais rápido que o normal.

Segundo o Observatório Nacional, essas alterações na rotação não são motivo de preocupação. “Ao longo da história do planeta, esses ajustes são normais. Pequenas acelerações momentâneas podem ocorrer devido a fatores como o núcleo da Terra, os oceanos e a atmosfera”, explica Fernando Roig, diretor da instituição.

Apesar da aceleração pontual, a tendência geral da Terra desde sua formação é de desaceleração. Há bilhões de anos, um dia tinha cerca de 5 horas. Hoje, são as conhecidas 24 horas (ou, tecnicamente, 86.400 segundos). Mas, em certos períodos, como o que estamos vivendo, o planeta “apressa” um pouco o passo.

O SEGUNDO BISSEXTO NEGATIVO

Essas mudanças sutis podem, ao longo do tempo, provocar pequenos descompassos nos nossos relógios atômicos. Para corrigir isso, desde 1973, os cientistas utilizam o chamado “segundo bissexto”, que pode ser adicionado ou retirado do tempo oficial.

Até hoje, 27 segundos bissextos já foram adicionados para compensar atrasos na rotação da Terra. Com os dias ficando mais curtos, cresce a possibilidade de, no futuro, termos que aplicar um segundo bissexto negativo — ou seja, tirar um segundo dos nossos relógios.

Contudo, os especialistas ainda não sabem se essa tendência de aceleração vai se manter ou reverter. “Podemos ou não precisar ajustar os relógios. Não há como prever por quanto tempo a Terra continuará nesse ritmo”, afirma o cientista Jones.

Por enquanto, não há nada com que se preocupar — apenas mais uma prova de que o planeta Terra, mesmo em milissegundos, continua surpreendendo.

Fonte: cenariomt

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