Durante a abertura do World Meat Congress, na manhã desta terça-feira (28), em Cuiabá, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, defendeu o modelo produtivo do estado e rebateu críticas internacionais sobre a sustentabilidade da pecuária brasileira. O evento, conforme divulgado pelo Governo do Estado e pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), reúne representantes de mais de 20 países para discutir temas como rastreabilidade, bem-estar animal e geopolítica alimentar.
“É uma honra representar o Governo do Estado neste congresso que orgulha toda a nossa gente. Produzimos com transparência e eficiência”, afirmou Pivetta, destacando que o sistema produtivo mato-grossense é sustentável e rastreável. Segundo ele, o estado alcança índices de até 10 toneladas por hectare sem irrigação — um dos maiores do mundo —, resultado de avanços tecnológicos que reduzem áreas de pastagem e aumentam a produtividade.
Produção sustentável e reconhecimento internacional
De acordo com o vice-governador, o modelo de pecuária em Mato Grosso se baseia em práticas de conservação ambiental, alinhadas a compromissos de transparência e controle. “Nosso sistema produtivo é sustentável, virtuoso e preserva o meio ambiente”, completou Pivetta. A fala responde a críticas de entidades internacionais sobre a origem da carne brasileira e os impactos ambientais da pecuária.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, reforçou que o congresso consolida o estado como referência global em proteína animal. “Aqui, o gado é criado a pasto com responsabilidade ambiental e bem-estar animal. O evento mostra ao mundo a carne sustentável que produzimos”, afirmou. Segundo Miranda, a presença de delegações estrangeiras permitirá ampliar mercados e fortalecer relações comerciais, principalmente com a Ásia e o Oriente Médio.
Rastreabilidade e transparência
O presidente do Imac, Caio Penido, destacou que cerca de 100 estrangeiros de 23 países participam do evento, com visitas programadas a frigoríficos e fazendas locais. “É o mundo vindo a Mato Grosso para conhecer de perto nossa produção sustentável. Essa é uma oportunidade de mostrar nossa segurança sanitária e biodiversidade”, disse. Penido ressaltou ainda o desenvolvimento do chamado “passaporte verde”, sistema que comprovará a origem sustentável da carne mato-grossense.
Diálogo global sobre o futuro da carne
O secretário-geral do International Meat Secretariat (IMS), Dr. Phil Hadley, afirmou que a escolha de Cuiabá para sediar o congresso é simbólica. “Mato Grosso tem papel fundamental na produção mundial de proteína animal”, destacou. Já o presidente do IMS, Dr. Juan José Grigera Naón, defendeu que as regulamentações internacionais devem se basear em evidências científicas, evitando barreiras comerciais injustificadas. “O IMS representa cerca de 75% da produção global de carne bovina, suína e ovina. Devemos comunicar com clareza o papel essencial da carne na saúde, no meio ambiente e na economia”, completou.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso responde por mais de 16% das exportações de carne bovina do Brasil, com mercados principais na China e nos Emirados Árabes Unidos. A rastreabilidade e a eficiência produtiva tornam o estado um ator estratégico na agenda de sustentabilidade alimentar global.
Reportagem baseada em informações do Governo de Mato Grosso, Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e International Meat Secretariat (IMS).
Relacionamos:Otaviano Pivetta deve se filiar ao PL
Box informativo
- Evento: World Meat Congress 2025
- Local: Cuiabá (MT), Buffet Leila Malouf
- Data: 28 a 30 de outubro
- Participantes: 23 países, cerca de 100 representantes internacionais
- Foco: Sustentabilidade, rastreabilidade e comércio internacional de carne
Quer saber mais sobre produção sustentável em Mato Grosso? Acompanhe nossas reportagens especiais sobre tecnologia e meio ambiente no agronegócio.
adicione Dia de Ajudar às suas fontes preferenciais no Google Notícias
.
Fonte: cenariomt






