A justiça dos bloqueou nesta quinta-feira, 24, o acordo de US$ 8,5 bilhões do grupo de moda Tapestry, dona da Coach e Kate Spade, para a compra da Capri, que controla grifes de luxo como Michael Kors e Versace.
O argumento da juíza Jennifer Rochon foi de que a transação causaria uma possível perda de concorrência. Um tribunal de Nova York barrou o negócio depois que a Comissão Federal de Comércio norrte-americana (FTC) moveu ação contestatória.
A negociação, dizem analistas do setor, era uma tentativa de criar, principalmente, uma gigante global da moda de luxo. O objetivo é competir com como, por exemplo, , dona da francesa Dior, entre outras marcas.
A corte considerou que “as partes que se fundem são concorrentes próximas e, por isso, a fusão levaria à perda da concorrência direta”. Em síntese, a justiça acredita que o consumidor poderia ser prejudicado.
Entre as preocupações com o acordo estava a possibilidade de as empresas reduzirem os descontos e aumentarem os preços caso a fusão se concretizasse.
A FTC considerou a decisão uma vitória para a agência que se diz independente e cujo principal comissário recebeu indicação do presidente Joe Biden.
EUA:
“A decisão de hoje (quinta-feira) é uma vitória não apenas para a FTC, mas também para os consumidores de todo o país, que buscam bolsas de qualidade a preços acessíveis”, afirmou Henry Liu, diretor da FTC.
Caso a fusão ocorresse, a nova empresa passaria a ter aproximadamente 60% do mercado, conforme avaliou um economista que o processo na justiça arrolou como testemunha no julgamento.
Os dois grupos que esperavam pela fusão alegaram que o setor tem muitos concorrentes em diferentes faixas de preço. “A decisão é decepcionante. Acreditamos ser incorreta em termos de lei”, comentou a Tapestry, depois da divulgação da sentença, segundo informações do jornal Financial Times.
As ações da Capri despencaram mais de 50% em decorrência da decisão, enquanto os papéis da Tapestry subiram 12% no pós-mercado de quinta-feira.
Fonte: revistaoeste