A moeda norte-americana chegou a enfileirar quatro dias seguidos de alta, voltando a flertar com a casa de R$ 5,20, mas não foi suficiente para sustentar as cotações. “Ainda na expectativa de um avanço na demanda interna, a aposta dos agentes permanece no retorno das vendas externas para a recuperação consistente dos preços domésticos”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou cotada a R$ 76,33 no dia 18, recuo de 0,88% em relação a semana passada. “O mercado interno de arroz tem estado lento e as cotações voltaram a ceder na Região Sul do país”, explica.
No cenário internacional, destaque para o relatório de agosto de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estimou a produção mundial de arroz beneficiado em 512,44 milhões de toneladas para 2022/23, ante 514,76 milhões no mês anterior. Para 2021/22, foi estimada safra de 513,65 milhões de toneladas.
As exportações mundiais de arroz beneficiado foram estimadas em 54,67 milhões de toneladas para 2022/23, ante 54,61 milhões no mês passado. A estimativa para o consumo é de 518,74 milhões de toneladas de beneficiado para 2022/23, ante 518,63 milhões de toneladas indicadas no mês anterior. Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais mundiais de arroz beneficiado na temporada 2022/23 foram previstos em 178,52 milhões de toneladas, ante 182,76 milhões de toneladas no relatório passado. Para 2021/22, foram estimados estoques de 184,82 milhões de toneladas.
A Índia deverá produzir 128,5 milhões de toneladas beneficiadas em 2022/23 (130,5 milhões no relatório passado); a Tailândia, 19,8 milhões; e o Vietnã, 27,4 milhões. A safra brasileira está estimada em 7,1 milhões de toneladas de beneficiado. A safra da Indonésia está projetada em 34,6 milhões de toneladas. A produção chinesa está estimada em 149 milhões de toneladas.
