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Mercado de commodities cai com novas tarifas dos EUA: impacto e perspectivas

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Os mercados globais de commodities operam em queda nesta quinta-feira (3), refletindo a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas recíprocas a diversos países. O impacto da medida, anunciada pelo presidente Donald Trump na véspera, já se faz sentir nas bolsas internacionais, com os grãos liderando as perdas em Chicago. A soja recua mais de 1,5%, enquanto o milho registra queda superior a 1%. O trigo acompanha a tendência negativa, com desvalorização próxima de 1%.

Por volta das 5h45 (horário de Brasília), os contratos mais negociados da soja registravam perdas entre 16,50 e 17,25 pontos, com o vencimento de maio cotado a US$ 10,12 e o de agosto a US$ 10,26 por bushel. No mercado de milho, as principais posições caíam entre 4 e 6,25 pontos, com o contrato para maio negociado a US$ 4,51 e o de setembro a US$ 4,36 por bushel.

A decisão do governo norte-americano aumenta a preocupação dos investidores, que já antecipam um período de demanda reduzida para os produtos dos EUA devido às novas barreiras comerciais. Na Bolsa de Nova York, o algodão recua mais de 4%, com a primeira posição negociada a 64,98 cents de dólar por libra-peso, bem abaixo do patamar de 70 cents/lb.

Reações globais e impactos econômicos

China e União Europeia já indicaram que devem adotar medidas retaliatórias, o que pode intensificar ainda mais a instabilidade nos mercados. Segundo especialistas consultados pela Bloomberg, as tarifas implementadas por Trump em 2025 podem ser ainda mais severas do que as sanções impostas durante a guerra comercial de 2019.

De acordo com análise do Citigroup Inc., as tarifas adicionais de 54% sobre produtos chineses, impostas desde o início do segundo mandato de Trump, podem reduzir o crescimento do PIB chinês em até 2,4 pontos percentuais no próximo ano. Os economistas do Morgan Stanley destacam que o impacto das novas medidas será mais abrangente do que o observado em 2018-2019, afetando não apenas as exportações chinesas, mas também o comércio global, que deve sofrer uma desaceleração significativa.

Mercado de petróleo e dólar também reagem

O setor energético também sente os reflexos do aumento das tensões comerciais. Os preços do petróleo recuam mais de 3% nesta quinta-feira. Às 6h10 (horário de Brasília), o barril do Brent era negociado a US$ 72,35, enquanto o WTI registrava US$ 69,09.

O mercado cambial segue a mesma tendência, com o índice do dólar recuando 1,7%, para 101,720 pontos.

Agora, os investidores acompanham atentamente os próximos passos da China e da União Europeia, que devem anunciar contramedidas em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O desdobramento dessas decisões será crucial para definir os rumos do comércio global e das commodities nos próximos meses.

Fonte: portaldoagronegocio

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