O início de junho no mercado de algodão em pluma tem sido marcado por pouca variação nos preços e ritmo lento nas negociações, conforme apontam os dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A seguir, os principais destaques do cenário atual:
Preços com pouca oscilação e liquidez reduzida
Segundo o Cepea, os preços do algodão seguem oscilando dentro de uma faixa estreita. A lentidão nas negociações é resultado de um cenário em que alguns vendedores optam por liquidar lotes da safra 2023/24, enquanto compradores com estoques reduzidos se mantêm ativos apenas pontualmente no mercado spot.
Foco do setor está em contratos a termo
Apesar da baixa liquidez no mercado imediato, agentes do setor concentram seus esforços no fechamento de contratos a termo. Esses acordos têm como objetivo garantir o fornecimento de algodão nos próximos meses ou até mesmo em 2026, o que mostra uma tendência de planejamento de longo prazo em meio à instabilidade do mercado físico.
Exportações se mantêm próximas ao volume da safra anterior
De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 2,61 milhões de toneladas de algodão em pluma entre agosto de 2024 e a primeira semana de junho de 2025. O volume representa uma leve queda de 3% em relação ao total embarcado durante toda a safra anterior, indicando uma manutenção relativamente estável no ritmo das exportações.
Desempenho de maio mostra recuo nos embarques
Em maio, o Brasil embarcou 192,2 mil toneladas de algodão em pluma, uma redução de 19,6% em relação a abril deste ano e de 16,2% na comparação com maio de 2024. Os dados da Secex reforçam que, embora o acumulado da temporada ainda se mantenha próximo ao da safra passada, o mês de maio refletiu uma desaceleração no ritmo dos embarques.
Com o foco direcionado para contratos futuros e exportações próximas da estabilidade, o mercado do algodão segue em compasso de espera, à medida que se aproxima do fim da temporada 2024/25.
Fonte: portaldoagronegocio