CENÁRIO AGRO

Investimentos em AgTechs atingem R$ 1,13 bilhão em 2024, impulsionando startups em estágio inicial

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Os investimentos em AgTechs no Brasil totalizaram R$ 1,13 bilhão em 2024, distribuídos em 50 rodadas, de acordo com levantamento do Itaú BBA com base em transações públicas. O cenário de incertezas no setor agropecuário contribuiu para uma postura mais conservadora por parte dos investidores, com a maioria dos aportes concentrada em rodadas menores e de menor risco.

Apenas três rodadas superaram a marca de R$ 100 milhões, confirmando a preferência por operações mais enxutas. A maior parte do capital foi destinada a startups em estágio inicial (early stage), com destaque para as Agfintechs e empresas de insumos tecnológicos.

Setor de inovação agro cresce de forma consistente

“O ecossistema de inovação no agronegócio brasileiro vem crescendo de forma consistente, e estamos ao lado dos nossos clientes na construção de um setor mais conectado, inteligente e sustentável. No Itaú BBA, nosso objetivo é impulsionar negócios em diferentes estágios de maturidade e concretizar o próximo grande passo de setores-chave para o desenvolvimento do país”, destacou Matheus Borella, líder em Estratégia e Inovação no Agronegócio do Itaú BBA.

Maior parte dos investimentos está concentrada no “Antes da Porteira”

Segundo a análise, os investimentos se concentram principalmente na fase Antes da Porteira, que compreende produtos e serviços utilizados antes do início da safra. Entre os destaques estão startups que aplicam nanotecnologia e biotecnologia no desenvolvimento de defensivos e fertilizantes.

No segmento financeiro, chama atenção o avanço das soluções de gestão de risco para crédito rural, muitas delas utilizando inteligência artificial e machine learning para análise de dados e concessão mais precisa de financiamentos.

Tecnologias “Dentro da Porteira” ganham relevância

O segmento Dentro da Porteira, que abrange tecnologias aplicadas durante a safra, também tem recebido atenção. Startups focadas em plataformas de análise de dados e em equipamentos voltados para uso direto nas propriedades estão em crescimento, ajudando produtores a tomar decisões mais eficientes e a aumentar a produtividade no campo.

“Depois da Porteira” perde espaço, com exceção para blockchain

Já o segmento Depois da Porteira, voltado à comercialização e distribuição dos produtos agropecuários, vem perdendo participação nos aportes. Segundo o relatório Radar AgTech Brasil, da Embrapa, esse recuo vem sendo observado desde 2019.

No entanto, há exceções. O uso do blockchain como ferramenta para rastreabilidade de produtos e vinculação de commodities a ativos digitais segue avançando, oferecendo maior transparência e segurança nas transações do campo até o consumidor final.

Fonte: portaldoagronegocio

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