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Início do Vazio Sanitário do Algodão em São Paulo: o que você precisa saber

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Começa nesta sexta-feira, 1º de agosto, o período de Vazio Sanitário do Algodão em todo o Estado de São Paulo. A medida, prevista para durar até 30 de setembro, visa combater o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), uma das principais pragas da cultura. A ação está regulamentada pela Resolução SAA nº 30/2024, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

Objetivo é controlar o bicudo-do-algodoeiro

De acordo com Alexandre Paloschi, engenheiro agrônomo e diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal da Defesa Agropecuária, o objetivo da medida é eliminar a fonte de alimento do inseto, reduzindo suas populações e garantindo a sanidade da safra seguinte.

“A medida está em conformidade com o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Bicudo do Algodoeiro, instituído pela Instrução Normativa nº 44/2008, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)”, destacou o diretor.

Eliminação completa da cultura é obrigatória

Durante o vazio sanitário, os produtores devem manter as áreas livres de plantas e resíduos de algodão, com especial atenção para a destruição das soqueiras e o controle de possíveis rebrotes, devido à persistência da planta, que é de natureza perene e de difícil erradicação.

Praga tem alto poder destrutivo

O bicudo-do-algodoeiro é uma praga altamente destrutiva, atacando principalmente as estruturas reprodutivas da planta. O inseto perfura botões florais para se alimentar e depositar ovos, o que causa a queda precoce dessas estruturas. Durante o período de frutificação, a infestação se intensifica, com o bicudo atacando as maçãs do algodão, danificando fibras e sementes, o que pode comprometer gravemente a produtividade da lavoura.

Cadastro no GEDAVE é obrigatório

Além da adesão ao vazio sanitário, o produtor paulista de algodão deve registrar a área de plantio no sistema GEDAVE. A data do plantio deve ser informada até 15 dias após sua conclusão pelo responsável legal — seja proprietário, arrendatário ou ocupante da área.

Vazio sanitário regionalizado em 109 municípios

Assim como ocorreu com o Vazio Sanitário da soja, a Resolução SAA nº 30/2024 também prevê a regionalização do vazio sanitário do algodão em São Paulo. Em 109 municípios do noroeste paulista, o período será diferenciado, com vigência entre 10 de setembro e 10 de novembro.

Segundo Alexandre Paloschi, essa regionalização se deve ao plantio mais tardio da cultura nessa região, que geralmente ocorre após a safra da soja, mantendo o algodão por mais tempo no campo.

Municípios com período diferenciado (10/09 a 10/11)

A seguir, a lista dos 109 municípios com período regionalizado para o vazio sanitário:

Adolfo, Altair, Álvares Florence, Américo dos Campos, Aparecida D’Oeste, Aspásia, Auriflama, Bady Bassit, Bálsamo, Barretos, Bebedouro, Buritama, Cajobi, Cardoso, Cedral, Colina, Colômbia, Cosmorama, Dirce Reis, Dolcinópolis, Embaúba, Estrela D’Oeste, Fernandópolis, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guaíra, Guapiaçu, Guaraci, Guarani D’Oeste, Guzolândia, Icém, Indiaporã, Ipiguá, Jaborandi, Jaci, Jales, José Bonifácio, Lourdes, Macaubal, Macedônia, Magda, Marinópolis, Mendonça, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Aprazível, Monte Azul Paulista, Neves Paulista, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Canaã Paulista, Nova Castilho, Nova Granada, Nova Luzitânia, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Ouroeste, Palestina, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Piranji, Pitangueiras, Planalto, Poloni, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Potirendaba, Riolândia, Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara D’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita D’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, Santo Antônio do Aracanguá, São Francisco, São João das Duas Pontes, São João de Iracema, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Severínia, Sud Mennucci, Tanabi, Taquaral, Terra Roxa, Três Fronteiras, Turiúba, Turmalina, Ubarana, União Paulista, Urânia, Valentim Gentil, Viradouro, Vitória Brasil, Votuporanga e Zacarias.

Compromisso com a sanidade agrícola

A adoção do vazio sanitário e o cumprimento das obrigações legais refletem o compromisso do Estado de São Paulo e dos produtores com a sanidade da cultura do algodão, a sustentabilidade da produção agrícola e o controle eficiente de pragas que ameaçam a produtividade no campo.

Fonte: portaldoagronegocio

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