O excesso de chuvas tem gerado dificuldades para os produtores de algodão da safra 2024/25, principalmente no estado de Mato Grosso. A Souza Lima Cotton, uma das principais empresas do setor, destaca que a intensidade, a duração e o momento das precipitações impactam diretamente o plantio e o desenvolvimento da cultura, podendo prejudicar tanto a produtividade quanto a qualidade do produto final.
O solo encharcado impede o uso de maquinários, causando atrasos no plantio e dificultando a semeadura dentro da janela ideal. Além disso, a umidade excessiva torna o solo vulnerável à compactação, dificultando a infiltração de água e a aeração das raízes. Outro problema significativo é a dificuldade de germinação das sementes, que podem apodrecer devido à alta umidade, além do aumento da incidência de fungos e doenças, como a ramulose e o mofo branco. Esses fatores são prejudiciais ao crescimento das plantas e à produtividade.
A erosão do solo também se intensifica com a chuva, removendo a camada superficial rica em matéria orgânica e nutrientes essenciais. Isso compromete ainda mais as condições ideais para o desenvolvimento da cultura. Além disso, as chuvas constantes dificultam a aplicação de herbicidas e o controle das plantas daninhas, que competem com o algodão por nutrientes, luz e água. Já no período de colheita, as chuvas tardias podem prejudicar a qualidade das fibras e dificultar o funcionamento das colheitadeiras.
Para mitigar esses impactos, os produtores buscam adotar práticas agrícolas como o plantio em áreas com boa drenagem, o uso de variedades resistentes a doenças e o monitoramento climático para identificar o melhor momento para o plantio. Essas estratégias visam garantir melhores condições de desenvolvimento da cultura e reduzir os danos à safra.
Fonte: portaldoagronegocio
