O Ibovespa operava instável nesta quinta-feira (data), após alcançar os 125 mil pontos, em meio à divulgação de uma nova rodada de balanços corporativos. A Petrobras figurava entre as principais quedas do dia, refletindo um volume de investimentos acima do projetado e o anúncio de dividendos abaixo das expectativas do mercado.
Por volta das 10h30, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,04%, aos 124.715,46 pontos. No pico da sessão, atingiu 125.091,32 pontos, enquanto a mínima foi de 124.470 pontos. O volume financeiro somava R$ 2,17 bilhões.
De acordo com a equipe de análise técnica da Ágora Investimentos, o avanço do Ibovespa pela manhã ocorreu dentro de um movimento de reversão de curto prazo para tendência de baixa. “No cenário atual, o próximo nível de suporte encontra-se nos 124.400 pontos”, apontou o relatório da corretora.
Destaques do pregão
- Petrobras (PETR4) recuava 3,61% após reportar um prejuízo líquido de R$ 17 bilhões no quarto trimestre. A estatal anunciou investimentos de US$ 16,6 bilhões em 2024, um crescimento de 31,2% em relação ao ano anterior e 15% acima do guidance. Além disso, o conselho de administração aprovou o pagamento de R$ 9,1 bilhões em dividendos, abaixo do esperado pelo mercado. As ações ordinárias da companhia (PETR3) caíam 3,97%.
- BRF (BRFS3) cedia 5,89%, mesmo após registrar um lucro líquido de R$ 868 milhões no quarto trimestre, um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023. O conselho da companhia também aprovou um programa de recompra de até 15 milhões de ações.
- Braskem (BRKM5) apresentava queda de 5,8% após divulgar um prejuízo de US$ 967 milhões no quarto trimestre, mais que o triplo do resultado negativo do ano anterior. O desempenho operacional recorrente da petroquímica recuou 50%. A empresa também anunciou um acordo com a Petrobras para ampliar a produção de eteno no Rio de Janeiro.
- Embraer (EMBR3) avançava 3,53% após reportar um crescimento de 29% no Ebitda do quarto trimestre, atingindo US$ 328 milhões. A fabricante projetou um aumento de até 18% nas entregas de aeronaves em 2025, podendo chegar a 240 unidades comerciais e executivas.
- Ultrapar (UGPA3) subia 3,27%, impulsionada pelo lucro líquido de R$ 881 milhões no quarto trimestre. O grupo de combustíveis e logística também anunciou a distribuição de R$ 493,3 milhões em dividendos.
- Marfrig (MRFG3) oscilava, mas operava em alta de 1,65%, após reportar um Ebitda ajustado de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre, avanço de 37,1% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado superou a projeção média de R$ 2,4 bilhões, segundo a LSEG. A empresa também aprovou um programa de recompra de até 23,8 milhões de ações.
- Cosan (CSAN3) mantinha estabilidade, após reportar um prejuízo líquido não auditado de R$ 9,3 bilhões no quarto trimestre, revertendo um lucro de R$ 2,4 bilhões no ano anterior. O resultado foi impactado principalmente pelo impairment do investimento na Vale e por provisões tributárias.
- CPFL Energia (CPFE3) registrava leve alta de 0,11%, após reportar um lucro líquido de R$ 1,57 bilhão no quarto trimestre, um avanço de 18,7% na comparação anual. O CEO da empresa destacou que a recente aprovação do termo de prorrogação das concessões representa um avanço para o setor de distribuição de energia elétrica.
Fonte: portaldoagronegocio