Desempenho do índice na abertura
O Ibovespa iniciou esta quarta-feira (23) em leve baixa, refletindo o desempenho fraco das commodities no cenário internacional e o início da temporada de balanços corporativos no Brasil. Às 10h05, o principal índice da Bolsa brasileira registrava queda de 0,05%, aos 133.967,06 pontos. Já o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em 13 de agosto recuava 0,6%.
Commodities pesam sobre o mercado
A retração nos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado externo contribui para a cautela dos investidores. Esses movimentos afetam diretamente as ações das gigantes brasileiras Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3), que têm grande peso no índice e estão entre as chamadas “blue chips”.
Nesta manhã, o petróleo Brent era negociado abaixo de US$ 83 o barril, influenciado por temores de desaceleração da demanda global. Já o minério de ferro recuava nos contratos futuros em Dalian, na China, pressionado por sinais de menor atividade no setor de construção civil chinês.
Balanços corporativos: WEG em destaque
Outro fator que contribui para a hesitação do mercado é o início da temporada de divulgação dos resultados do segundo trimestre. A WEG (WEGE3), uma das principais fabricantes de equipamentos elétricos do país, divulgou nesta quarta-feira um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão entre abril e junho de 2024, alta de 9,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do crescimento, o resultado veio em linha com o esperado pelo mercado, sem grandes surpresas que impulsionassem os papéis no início do pregão.
Cenário internacional também influencia
No exterior, os investidores seguem atentos à divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos e à expectativa sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa de juros. A perspectiva de manutenção dos juros em patamares elevados também contribui para a menor atratividade de ativos de risco nos mercados emergentes, como o Brasil.
Perspectivas para o mercado
Ao longo do dia, o Ibovespa deve seguir oscilando ao sabor do desempenho das commodities e da reação do mercado aos balanços corporativos. A divulgação de dados econômicos internos, como a prévia da inflação (IPCA-15), também pode mexer com os negócios, dependendo dos sinais que oferecerem sobre a condução da política monetária brasileira.
Fonte: portaldoagronegocio