CENÁRIO AGRO

Fávaro critica juros elevados e aponta desafios na execução do Plano Safra 2025

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá


Foto:
Carmem Helena

Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, o titular do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comentou os principais desafios enfrentados para a construção do Plano Safra 2025. Entre os principais pontos, o ministro destacou a taxa de juros elevada, as dificuldades de acesso ao crédito e a necessidade de reformular o seguro rural no Brasil.

Juros elevados dificultam execução do plano

Fávaro avaliou que o atual nível da taxa Selic, em torno de 15%, é incompatível com o cenário econômico atual do país. Segundo ele, a inflação está sob controle e o Brasil segue apresentando crescimento anual, o que tornaria desproporcional a manutenção dos juros nesse patamar.

“Temos uma Selic a 15% que não é plausível, pois a inflação está controlada e o Brasil segue crescendo todo ano. Isso dificulta a formulação do projeto”, afirmou o ministro.

Impacto do Plano Safra vai além do campo

De acordo com Fávaro, o Plano Safra tem papel estratégico não apenas para os produtores rurais, mas também para toda a população, uma vez que a expansão da produção pode contribuir para a queda nos preços dos alimentos no mercado interno.

Expansão da agricultura familiar no Norte e Nordeste

O ministro também ressaltou que, ao contrário de gestões anteriores, a atual versão do Plano Safra ampliou o alcance da agricultura familiar para além das regiões Sul e Sudeste. A inclusão de pequenos produtores de outras partes do país demandou o aumento dos recursos disponibilizados pelo governo.

Situação no Rio Grande do Sul preocupa

Fávaro demonstrou preocupação com os impactos das adversidades climáticas enfrentadas por produtores no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Segundo ele, é necessário investir em tecnologias para mitigar os efeitos do clima e garantir a sustentabilidade da produção.

“Prorrogamos as dívidas de custeio por até três anos para todos que tiveram perdas por conta do clima. Agora, criamos um grupo de trabalho para estudar novas formas de renegociação das dívidas dos produtores”, explicou.

Reforma do seguro rural está em estudo

Outro tema abordado foi o seguro rural. O ministro defendeu a criação de um novo modelo que seja mais eficiente e obrigatório para quem acessa crédito rural com recursos públicos.

“O seguro rural brasileiro precisa de mudança. Se o seguro funcionasse adequadamente, não existiria esse nível de endividamento no Rio Grande do Sul. Defendo que quem acessa crédito público tenha seguro, podendo escolher o melhor período do ano para se proteger, de forma mais eficiente e menos custosa”, concluiu.

Fonte: portaldoagronegocio

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.