Com o prazo das alíquotas menores terminando em 30 de junho, produtores e tradings na Argentina aceleraram as Declarações Juradas de Vendas ao Exterior (DJVE) nesta semana. Segundo levantamento do jornal El Clarín, foram protocolados:
- 14 mil t de óleo de soja
- 434 mil t de soja em grão
- 1,5 milhão t de farelo de soja
- 520 mil t de milho
Esses documentos funcionam como registro antecipado de exportação e garantem a taxação vigente no momento da declaração.
Reduções temporárias concedidas em janeiro
Em meio à forte seca e a protestos do setor, o governo Javier Milei reduziu, em janeiro, as “retenciones” de:
- 33 % → 26 % para soja
- 12 % → 9,5 % para trigo, cevada, milho e sorgo
- 7 % → 5,5 % para girassol
O benefício expira no próximo domingo (30).
Volumes declarados desde o início do ano
De janeiro até agora, já foram registrados:
- 3,5 milhões t de óleo de soja
- 5,2 milhões t de soja em grão
- 14,9 milhões t de farelo de soja
- 16,9 milhões t de milho
Governo ainda discute destino das taxas
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou nesta quinta-feira (26) que “ainda não há decisão” sobre a prorrogação das alíquotas reduzidas, apesar dos pedidos de entidades do agronegócio.
Já o ministro da Economia, Luis Caputo, sinalizou que:
- Trigo e cevada devem manter a taxa menor.
- Soja, milho, girassol, sorgo e seus derivados devem voltar aos níveis de janeiro, caso não haja nova medida.
O que está em jogo
Competitividade externa: alíquotas maiores reduzem margens e podem frear embarques.
- Arrecadação fiscal: o governo busca equilibrar contas sem desidratar o setor que mais gera divisas.
- Calendário apertado: produtores têm poucos dias para formalizar vendas antes de eventuais aumentos.
Fonte: portaldoagronegocio