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Agronegócio

Dólar em alta e Ibovespa em baixa: o impacto das novas tarifas de Trump nos mercados financeiros

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O mercado financeiro opera de forma tensa nesta quinta-feira (13), com o dólar em alta e o Ibovespa em queda. O aumento da moeda norte-americana é impulsionado pela expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncie novas tarifas recíprocas. O Índice Bovespa, por sua vez, sofre um recuo após o desempenho negativo registrado no dia anterior.

Pelas 10h20, o dólar subia 0,35%, cotado a R$ 5,7829, após uma leve queda de 0,08% na véspera, quando fechou a R$ 5,7625. Já o Ibovespa registrava uma queda de 0,20%, situando-se em 124.133 pontos, após recuar 1,69% no dia anterior. O índice brasileiro acumula perdas de 1,39% no mês, enquanto o dólar tem uma queda de 6,75% no ano.

A maior atenção dos investidores está voltada para as novas tarifas comerciais que Trump prometeu implementar. O presidente norte-americano declarou em sua rede social que o dia de hoje seria “grande” em termos de tarifação, sem fornecer maiores detalhes. Essas tarifas são destinadas a países com taxas de importação elevadas para produtos dos EUA. A imposição de tarifas de 25% para aço e alumínio, que entrará em vigor em 12 de março, já havia gerado apreensão no mercado.

Especialistas temem que o aumento das tarifas possa acelerar a inflação nos Estados Unidos, que já vê uma elevação de preços, com o Índice de Preços ao Consumidor registrando uma alta de 0,5% em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação norte-americana está em 3%, acima da meta do Federal Reserve (Fed), que é de 2%. O temor é que a inflação elevada leve o Fed a manter suas taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, o que, por sua vez, fortalece o dólar e pode atrair investimentos estrangeiros para os EUA.

Esse fortalecimento do dólar também pode impactar a economia global, pressionando os preços das commodities, como combustíveis e alimentos, além de aumentar o risco de uma guerra comercial global, com outros países retaliando as tarifas de Trump. No Brasil, apesar da agenda econômica mais fraca, os dados do comércio varejista mostraram uma leve queda de 0,1% em dezembro, embora o setor tenha registrado uma alta de 4,7% no ano de 2024, a maior variação desde 2012.

Claudia Moreno, economista-chefe do C6 Bank, apontou que o recuo no comércio em dezembro foi impulsionado pela queda nas vendas de materiais de construção e veículos. A especialista prevê uma desaceleração do setor em 2025, como reflexo da elevação dos juros no Brasil, o que tende a reduzir o consumo e o ritmo de vendas no comércio.

Fonte: portaldoagronegocio

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