A trading britânica Czarnikow revisou sua estimativa para o superávit global de açúcar na temporada 2024/25 (de outubro de 2024 a setembro de 2025), agora projetando um excedente de 5,9 milhões de toneladas. Este valor é 2,9 milhões de toneladas inferior à previsão feita em junho. A redução reflete o impacto do clima seco na produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil e na Rússia.
A Czarnikow espera que a produção global de açúcar alcance 186 milhões de toneladas em 2024/25, uma queda de 3 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior. Apesar disso, será o segundo maior volume de produção já registrado. O consumo global de açúcar deve totalizar 180 milhões de toneladas, uma redução de 800 mil toneladas em comparação com a previsão anterior da Czarnikow.
“O crescimento na produção de açúcar da União Europeia e da Tailândia, bem como um possível aumento na produção da Índia, pode resultar em um superávit global de 5,9 milhões de toneladas,” afirma o relatório da Czarnikow, assinado por Samia Ohiduzzaman. A produção da União Europeia foi ajustada para cima em 400 mil toneladas, alcançando 16,1 milhões de toneladas.
No entanto, o relatório destaca que o clima seco no Brasil, após um verão com baixa precipitação, afetou o crescimento da cana-de-açúcar mais do que o esperado. Além disso, o sul da Rússia enfrentou temperaturas extremas, prejudicando o cultivo da beterraba. Isso levou a Czarnikow a reduzir sua estimativa de produção para a Rússia em 700 mil toneladas, totalizando 6,1 milhões de toneladas.
A Czarnikow também ajustou sua previsão para os Estados Unidos, prevendo uma produção de 8,4 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2024/25, um aumento de 200 mil toneladas em relação à temporada anterior.
Fonte: portaldoagronegocio
