Chamado de Tarifaço de Trump, o pacote de medidas pode gerar impactos significativos na economia brasileira, especialmente nos setores de exportação, agricultura e indústria.
A recente declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a criação de novas tarifas para produtos brasileiros reacendeu a preocupação do mercado internacional.
O Tarifaço de Trump consiste em uma proposta de aumento generalizado de tarifas de importação sobre produtos vindos do Brasil e de outros países, com alíquotas que podem chegar a 50%. A justificativa do ex-presidente é proteger a indústria norte-americana e punir países que, segundo ele, adotam práticas “injustas” ou possuem governos considerados hostis à sua política.
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Embora a medida ainda não esteja em vigor — e dependa da vitória de Trump nas eleições de 2025 —, os reflexos já começaram a ser sentidos no mercado financeiro, com desvalorização do real, queda nas ações de empresas exportadoras e tensão entre investidores.
Setores mais afetados com o Tarifaço de Trump


Caso o Tarifaço de Trump seja implementado, os produtos brasileiros mais prejudicados serão:
- Carnes bovina e de frango, principais itens da pauta de exportações do agronegócio;
- Café e soja, amplamente consumidos nos Estados Unidos;
- Produtos siderúrgicos, como aço e alumínio;
- Aeronaves, especialmente da Embraer;
- Suco de laranja e frutas in natura.
O aumento nos custos para os consumidores americanos pode diminuir a competitividade desses produtos, reduzindo as vendas e impactando diretamente as receitas brasileiras em dólar.
Efeitos do Tarifaço de Trump na economia brasileira


Economistas alertam que o Tarifaço de Trump pode provocar:
- Queda nas exportações, reduzindo o superávit da balança comercial;
- Desaceleração de setores produtivos, como agroindústria e metalurgia;
- Perda de empregos em regiões exportadoras, principalmente no Centro-Oeste e Sul;
- Pressão inflacionária, com alta do dólar e encarecimento de insumos importados.
Além disso, o cenário de incerteza pode afetar a confiança do investidor estrangeiro, levando à fuga de capitais e à redução de investimentos no Brasil.
Reação do governo e alternativas
O governo brasileiro deve acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscar apoio diplomático para evitar as barreiras comerciais. Também cresce a urgência de diversificar os mercados de exportação, ampliando acordos com países da Ásia, Europa e América Latina.
Outra alternativa é o fortalecimento do mercado interno e o incentivo à industrialização de produtos com maior valor agregado, reduzindo a dependência das commodities exportadas para os Estados Unidos.
Fonte: cenariomt