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BRF investe em tecnologia satelital para mapeamento de lavouras no Brasil

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BRF investe em tecnologia satelital para mapeamento de lavouras no Brasil

A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, está investindo em tecnologia de inteligência territorial com o objetivo de fortalecer seu compromisso de mapear a procedência de 100% dos grãos provenientes dos biomas Amazônia e Cerrado até 2025.  

Em parceria com uma empresa de inteligência territorial, o projeto de monitoramento de lavouras da BRF conta com banco de dados geográficos, visão espacial e rastreabilidade de territórios, impactando positivamente o negócio da Companhia no que se refere ao fornecimento de grãos. Com essa tecnologia, a BRF monitora mais de 7 milhões de hectares de lavoura em sete estados brasileiros (MT, GO, MG, MS, PR, SC e RS). 

“Conseguimos trazer mais eficiência à nossa atuação comercial. É possível, por exemplo, direcionar as visitas e o acompanhamento das lavouras que apresentam maiores índices de risco de quebra. Até o presente momento conseguimos monitorar 2 mil contratos com base em risco de quebra e de não entrega do produto, o que representa um volume de mais de um milhão de toneladas de grãos monitorados”, explica Gilson Ross, diretor de Operações e Compras de Commodities da BRF. 

A plataforma tecnológica é baseada em um algoritmo matemático de previsão de quebra de safra, que leva em conta um histórico de mais de 30 anos de dados edafoclimáticos (condições de solo e clima), permite a análise de fatores como: uso do solo e base de identificação de cultura; precipitação acumulada e estimada de chuvas; temperatura média ocorrida; temperatura média estimada e data de plantio detectada via satélite. 

Otimização logística inteligente 

O projeto conta também um modelo matemático de mais de 8 mil variáveis, que cruza restrições de negócios – como os volumes de consumo e os estoques mínimos das unidades, capacidades de armazenagem, expedição e recebimento das mesmas – e contratos de compra com dados de mercado. Com isso, é possível otimizar e sugerir as melhores decisões para minimização de custos no suprimento das fábricas de rações, auxiliando no planejamento e na logística de recebimento e transferência de grãos da Companhia. 

Com base nesse sistema a BRF apresentou, apenas nas primeiras semanas de uso em setembro desse ano, um potencial de economia de R$ 3,5 milhões através de uma nova ordenação de contratos e transferências dos insumos entre unidades de grãos. O modelo possibilita também uma mensuração periódica. 

Ainda, segundo Gilson Ross, além de um potencial significativo de eficiência no campo mês a mês, por meio da plataforma, são geradas mais de 80 mil análises socioambientais dos territórios de originação da Companhia, contribuindo com a sustentabilidade da operação. “Em pouco mais de um ano da execução desse projeto, já contamos com cerca de 90% de rastreabilidade de grãos de fornecedores diretos na Amazônia e Cerrado, que é o foco do nosso compromisso, além de expandirmos a rastreabilidade para mais de 90% nos demais biomas onde atuamos”, diz. 

Em sintonia com sua jornada de Commodities 4.0, a BRF investiu, somente no ano passado, R$ 10 milhões na atualização de plataformas existentes e implementação de novas tecnologias voltadas à eficiência territorial das compras e à garantia da rastreabilidade de grãos, que permitem o monitoramento integrado da cadeia de commodities.  

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