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Brasil na vanguarda da inovação com a primeira usina do mundo a gerar energia elétrica a partir de etanol

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Térmica Suape II vai usar etanol para produzir energia e a experiência pode servir de base para novas políticas públicas no Brasil. Foto: Wärtsilä/Divulgação

A Usina Térmica Suape II, localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, vai se tornar a primeira unidade no mundo a produzir energia elétrica utilizando etanol como combustível principal. O projeto, de caráter inovador, é fruto de uma parceria entre a Suape Energia e a multinacional finlandesa Wärtsilä.

A iniciativa tem como objetivo substituir o tradicional óleo combustível por uma alternativa renovável, contribuindo para a consolidação do Brasil como referência global na transição energética.

Motor finlandês adaptado para operar com etanol chegará em 2025

Na primeira etapa do chamado Projeto Etanol, será instalado um motor modelo W32M, desenvolvido e adaptado pela Wärtsilä para funcionar exclusivamente com etanol. O equipamento tem chegada prevista ao Porto de Suape em setembro de 2025.

A fase de testes começará em fevereiro de 2026 e se estenderá por cerca de 4.000 horas — o equivalente a aproximadamente cinco meses e meio. A meta é comprovar a eficiência e a viabilidade técnica do uso do etanol na geração térmica de eletricidade.

Capacidade instalada pode chegar a 600 MW

Atualmente, a Usina Suape II conta com uma capacidade instalada de 381 megawatts (MW). Com a implementação da nova tecnologia, a expectativa é de ampliar esse potencial para até 600 MW, o suficiente para abastecer aproximadamente 2 milhões de residências.

Para que a expansão seja concretizada, será necessário o êxito nos testes de desempenho e a habilitação da usina no leilão de capacidade previsto para novembro de 2025. A energia gerada será destinada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui eletricidade por todo o país.

Redução significativa de emissões de CO₂

De acordo com a Suape Energia, o uso do etanol representa um importante avanço ambiental. Cada 100 MW gerados com o biocombustível evitam a emissão de até 60 toneladas de dióxido de carbono (CO₂) por hora. Em uma planta com capacidade total de 600 MW, essa economia pode chegar a 3.600 toneladas de CO₂ por hora.

Geração de empregos e valorização da produção regional

Além do impacto ambiental positivo, o projeto terá um importante efeito socioeconômico. A fase de implantação deve gerar cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos. O etanol que abastecerá a usina será fornecido prioritariamente pela Zona da Mata pernambucana e por outros estados do Nordeste, promovendo o fortalecimento da cadeia produtiva regional e incentivando o uso de biocombustíveis nacionais.

Fonte: portaldoagronegocio

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