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Geração de empregos formais avança no país
O Brasil registrou a criação de 166.621 empregos com carteira assinada em junho de 2025, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo positivo resulta de mais de 2,1 milhões de admissões contra cerca de 1,97 milhão de desligamentos no período.
Todos os setores registram saldo positivo
Todos os principais setores da economia apresentaram crescimento no número de empregos formais em junho. O destaque ficou com o setor de serviços, que liderou com mais de 77 mil novas vagas, seguido pelo comércio, com aproximadamente 33 mil. A agropecuária foi responsável por 25.833 novos postos de trabalho, mantendo o padrão de bons resultados nesse mês, historicamente positivo para o setor. Indústria e construção também contribuíram com a geração de vagas, com saldos de aproximadamente 20 mil e 10 mil empregos, respectivamente.
Regiões brasileiras acompanham crescimento
Todas as regiões do país registraram saldos positivos na geração de empregos, tanto no total quanto especificamente no setor agropecuário. O Sudeste se destacou com mais de 76 mil novas vagas no geral e liderou também na agropecuária, com mais de 14 mil postos. O Nordeste criou mais de 36 mil empregos no total e quase 4 mil no campo. O Centro-Oeste também teve desempenho expressivo, com cerca de 24 mil vagas totais e mais de 6,7 mil na agropecuária. Norte e Sul completam o cenário positivo, ainda que com saldos mais modestos.
Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso são destaques no campo
Entre os estados, 23 apresentaram saldos positivos de empregos na agropecuária. Minas Gerais foi o principal destaque, com 12.278 novas vagas no setor, seguido por São Paulo, com 6.378, e Mato Grosso, com 5.133. Por outro lado, quatro estados registraram saldos negativos na agropecuária: Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e Roraima.
Cultivo de soja, laranja e alho lidera geração de empregos
As atividades agropecuárias que mais contribuíram para a criação de empregos em junho foram o cultivo de soja, com 4.411 vagas; laranja, com 3.201; e alho, com 2.699. Também se destacaram o cultivo de café, com 2.480 novos postos, e atividades de apoio à pecuária, com 1.837 vagas.
No sentido oposto, algumas culturas tiveram perda líquida de empregos. É o caso da batata-inglesa, que fechou 445 vagas; da pimenta-do-reino, com redução de 399 postos; do cultivo de dendê, com menos 264 vagas; do arroz, com recuo de 259; e da produção de sementes certificadas (exceto forrageiras), com queda de 217 postos.
Considerações finais
Os dados confirmam o bom momento do mercado de trabalho formal brasileiro, especialmente no setor agropecuário, que mantém sua relevância como gerador de empregos. A análise foi elaborada pelo Departamento Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nas informações oficiais do Novo Caged.
Fonte: portaldoagronegocio