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Exportações crescem em volume e valor até a terceira semana de julho
O Brasil exportou 172,7 mil toneladas de carne bovina até a terceira semana de julho de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados nesta segunda-feira (21). No mesmo mês do ano passado, foram embarcadas 237,2 mil toneladas ao longo de 23 dias úteis.
A média diária de exportação atingiu 12,3 mil toneladas, o que representa um crescimento de 19,6% em relação a julho de 2024, quando o volume médio diário foi de 10,3 mil toneladas.
Preço por tonelada tem forte valorização anual
O preço médio pago pela carne bovina brasileira ficou em US$ 5.547,90 por tonelada até a terceira semana de julho, marcando uma alta de 25,8% frente ao valor registrado no mesmo período de 2024, quando o preço médio foi de US$ 4.409,00 por tonelada.
Receita com exportações se aproxima de US$ 1 bilhão
Com esse desempenho, a receita obtida com as exportações de carne bovina somou US$ 958,1 milhões até a terceira semana do mês. Em julho do ano passado, o valor total arrecadado foi de US$ 1,04 bilhão.
A média diária de faturamento foi de US$ 68,4 milhões, um avanço expressivo de 50,5% frente à média de US$ 45,4 milhões registrada em julho de 2024.
Tarifas dos EUA geram apreensão no setor
Apesar dos bons resultados, o setor exportador acompanha com atenção a possibilidade de imposição de novas tarifas sobre a carne bovina brasileira por parte dos Estados Unidos — segundo principal destino do produto.
Dados da Scot Consultoria indicam que os EUA adquiriram 156 mil toneladas de carne bovina in natura do Brasil no primeiro semestre de 2025. A China, principal parceira comercial do setor, lidera com 631 mil toneladas importadas no mesmo período.
Oferta restrita nos EUA pressiona mercado interno e internacional
Com o menor rebanho em décadas e estímulo à retenção de matrizes, os Estados Unidos atravessam uma fase de alta no ciclo pecuário, com redução na produção de carne (em toneladas equivalentes carcaça) e aumento no consumo interno. Essa conjuntura fez com que o preço da arroba no mercado norte-americano atingisse os maiores níveis do mundo em 2025.
Analistas avaliam impacto nas negociações futuras
Embora o Brasil siga ampliando sua presença em mercados como China e países do Oriente Médio, especialistas apontam que as tarifas dos EUA podem influenciar diretamente a formação de preços e as estratégias de comercialização dos frigoríficos no segundo semestre deste ano.
Fonte: portaldoagronegocio